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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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África. Por outro la<strong>do</strong>, à opinião pública brasileira <strong>de</strong>sagra<strong>do</strong>u o uso, por D. João VI <strong>de</strong> Portugal,<br />

<strong>do</strong> título <strong>de</strong> "Impera<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Brasil", e, sobretu<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> 1826, a divulgação <strong>do</strong>s termos da<br />

Convenção Pecuniária. Os limites territoriais <strong>do</strong> Brasil eram manti<strong>do</strong>s implicitamente, o que<br />

era ratifica<strong>do</strong> pela Constituição Brasileira <strong>de</strong> 1824.<br />

Ainda no contexto da Guerra da In<strong>de</strong>pendência, no<br />

tocante à Província Cisplatina, o Tenente-general<br />

Carlos Fre<strong>de</strong>rico Lecor, Barão <strong>de</strong> Laguna, entrou com<br />

as suas forças em Montevidéu (1824), impetrou ao<br />

Cabil<strong>do</strong> (assembleia) da cida<strong>de</strong> que jurasse a<br />

Constituição <strong>do</strong> Império, obten<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong> a sua<br />

anexação oficial ao Império <strong>do</strong> Brasil. Esta ocupação<br />

foi efêmera, uma vez que, ten<strong>do</strong> os seus interesses<br />

prejudica<strong>do</strong>s localmente, muitos cisplatinos, com o<br />

apoio das Províncias Unidas <strong>do</strong> Rio da Prata (que<br />

também <strong>de</strong>sejavam incorporar a Cisplatina) iniciaram<br />

conflitos (inclusive a guerra <strong>de</strong> corso) contra as forças brasileiras. Após diversos choques<br />

<strong>de</strong>sfavoráveis ao Brasil, em 1828, com a intermediação <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong>, uma Convenção<br />

Preliminar <strong>de</strong> Paz, ratificada nos anos seguintes, tratava <strong>do</strong> comum acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência das<br />

duas partes <strong>do</strong> controle da região e a in<strong>de</strong>pendência da República Oriental <strong>do</strong> Uruguay.<br />

À época <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> Reina<strong>do</strong> foi assina<strong>do</strong> o<br />

Trata<strong>do</strong> <strong>de</strong> limites entre o Brasil e o Uruguay<br />

(1851), acordan<strong>do</strong>-os praticamente como o<br />

são hoje, sen<strong>do</strong> modificadas posteriormente<br />

apenas algumas disposições <strong>do</strong> mesmo Rio<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul. Diante <strong>do</strong>s conflitos na Colônia<br />

<strong>de</strong> Sacramento, as tropas espanholas<br />

procuraram fortalecer sua retaguarda<br />

ocupan<strong>do</strong> Montevidéu e arre<strong>do</strong>res, e as<br />

portuguesas estabeleceram o seu núcleo <strong>de</strong><br />

apoio na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>, principal<br />

cida<strong>de</strong> portuária <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul.<br />

A fronteira entre Brasil e Uruguay no século XIX foi marcada pela<br />

disputa constante, sen<strong>do</strong> palco <strong>de</strong> batalhas e embates. Por mais que<br />

diversos trata<strong>do</strong>s e acor<strong>do</strong>s diplomáticos tivessem si<strong>do</strong> firma<strong>do</strong>s,<br />

geralmente não eram respeita<strong>do</strong>s e era com violência que se<br />

estabeleciam o espaço ora pertencentes a Coroa Portuguesa ora a<br />

Coroa Espanhola. Assim é que se nota como a fronteira é um espaço<br />

violento e perigoso, sempre em litígio e permanente construção.<br />

<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 38 -

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