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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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era <strong>de</strong> costume na época, teria si<strong>do</strong> rezada pela chegada <strong>do</strong>s capelães da Legião <strong>de</strong> São Paulo,<br />

José Luiz <strong>de</strong> Castro Manziler e o ajudante Antônio José Lésa, pois o capelão <strong>do</strong>s Dragões<br />

Imperiais <strong>do</strong> Rio Par<strong>do</strong>, Vicente Pereira Fortes, havia <strong>de</strong>sapareci<strong>do</strong> e sequer chega<strong>do</strong> ao<br />

acampamento.<br />

Depois veio um início intensivo <strong>de</strong> <strong>do</strong>ações das primeiras sesmarias em 1814 pelo Marquês <strong>de</strong><br />

Alegrete para Belarmino Coelho, João da Costa Leite, Antonio José <strong>de</strong> Menezes e vários outros<br />

povoa<strong>do</strong>res. Em 1818, ten<strong>do</strong> assumi<strong>do</strong> o governo da província, o Con<strong>de</strong> da Figueira, D. José<br />

Castelo Branco Corrêa da Cunha Vasconcelos e Souza, incentivou o movimento povoa<strong>do</strong>r da<br />

região conce<strong>de</strong>n<strong>do</strong> mais sesmarias. Entre estas, encontrava-se a sesmaria <strong>do</strong>ada a Luciano<br />

Pinheiro e na qual, hoje está assentada Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>.<br />

Entretanto, uns anos antes, os acontecimentos que se <strong>de</strong>senrolavam no Rio da Prata por volta<br />

<strong>de</strong> 1810, que <strong>de</strong>veriam terminar com a emancipação política das colônias espanholas,<br />

motivaram a mobilização <strong>de</strong> um exército expedicionário brasileiro; acampa<strong>do</strong> nas fronteiras<br />

da banda Oriental em 1811 com o pretexto <strong>de</strong> socorrer o Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Montevidéu Francisco<br />

Xavier Elio, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> pela Corte <strong>de</strong> Cadiz, <strong>do</strong> governo <strong>de</strong> Montevidéu. Elio ven<strong>do</strong> que não<br />

po<strong>de</strong>ria resistir por muito tempo os revolucionários “in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s por Artigas”,<br />

pedira auxílio a Carlota, rainha <strong>de</strong> Portugal, a qual se encontrava no Rio <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

invasão da península ibérica, na Europa, pelos exércitos <strong>de</strong> Napoleão. Essa princesa<br />

ambicionava herdar os <strong>do</strong>mínios <strong>de</strong> seu irmão, o rei Fernan<strong>do</strong> III da Espanha, então prisioneiro<br />

na França. Ela trabalhava ativamente para se fazer coroar rainha <strong>do</strong> Rio da Prata.<br />

A aflitiva situação <strong>de</strong> Elio e seu pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> auxílio <strong>de</strong>ram-se na ocasião <strong>de</strong> executar seus planos<br />

com um celebra<strong>do</strong> trata<strong>do</strong> <strong>de</strong> auxílio, pelo qual um forte exército português conduziu-se sobre<br />

o território Oriental. Esse exército intitula<strong>do</strong> PACIFICADOR, compunha-se <strong>de</strong> duas colunas: a<br />

da esquerda comandada pelo marechal <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> cavalaria, Manoel Márquez <strong>de</strong> Souza, e<br />

acampou junto aos cerros <strong>de</strong> Bagé; a da direita sob o coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> marechal <strong>de</strong> campo <strong>de</strong><br />

infantaria, Joaquim Xavier Cura<strong>do</strong>, alojou-se junto às margens <strong>do</strong> rio Ibirapuitã. Comandava o<br />

exército expedicionário o capitão general D. Diogo <strong>de</strong> Souza (governa<strong>do</strong>r e capitão geral da<br />

Província <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro). O lugar São Diogo, ainda hoje existente, é no 5º Distrito<br />

<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>. D. Diogo governou o Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul <strong>de</strong> 09 <strong>de</strong><br />

Outubro <strong>de</strong> 1809 a 13 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1814, fun<strong>do</strong>u Bagé em 17 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1811 e São Diogo,<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> nasceu Sant’Ana <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>.<br />

As diferentes <strong>de</strong>nominações <strong>do</strong> município<br />

Por exigência <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res da época, que eram <strong>de</strong>votos <strong>de</strong> distintas Santas, nossa cida<strong>de</strong> ficou com<br />

<strong>do</strong>is Oragos (santo <strong>de</strong> invocação que dá nome a uma capela).<br />

1º) São Diogo/1810 2º) Nossa Senhora <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong> ou Capela <strong>de</strong> <strong>Livramento</strong>/<strong>1823</strong> 3º) Santa<br />

Anna <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong> /1824 4º) Apenas por um ano, <strong>Livramento</strong>/1938 5º) <strong>Sant'Ana</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Livramento</strong>/lei estadual nº 3308 <strong>de</strong> 13-12-1957, em <strong>de</strong>finitivo.<br />

<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 55 -

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