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172<br />

An<strong>de</strong>rson Oliveira, Mauro Gonçalves, A<strong>da</strong>lgiso Car<strong>do</strong>zo, Fernan<strong>do</strong> Barbosa<br />

<strong>do</strong>s com um intervalo <strong>de</strong> 24 a 72 horas entre os dias<br />

[18]. Em ca<strong>da</strong> dia <strong>de</strong> teste os voluntários realizaram<br />

o exercício rosca bíceps com cargas correspon<strong>de</strong>ntes<br />

a 25%, 35% e 45% <strong>de</strong> 1-RM, seleciona<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma<br />

randômica. A exaustão foi <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pela impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> realizar o movimento na amplitu<strong>de</strong> (15º<br />

a 130º <strong>de</strong> flexão) e no ritmo (40 bpm) padroniza<strong>do</strong>s.<br />

Os sujeitos tiveram um tempo para a<strong>da</strong>ptar-se ao<br />

ritmo <strong>de</strong> execução <strong>do</strong> exercício antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong><br />

teste. Estas intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> carga foram estabeleci<strong>da</strong>s<br />

por meio <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s-piloto, pelos quais se verificou<br />

que estas cargas po<strong>de</strong>riam ser manti<strong>da</strong>s em<br />

movimento ao menos durante 1 minuto. Os voluntários<br />

foram encoraja<strong>do</strong>s durante to<strong>do</strong> o teste a continuar<br />

realizan<strong>do</strong> a tarefa. Os sujeitos foram orienta<strong>do</strong>s<br />

a não realizarem qualquer treinamento para os<br />

músculos envolvi<strong>do</strong>s no experimento no dia anterior<br />

e nos próprios dias <strong>de</strong> teste.<br />

Equipamentos e posicionamento<br />

Para a realização <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> carga máxima e <strong>do</strong><br />

exercício rosca bíceps foi utiliza<strong>da</strong> uma barra <strong>de</strong><br />

ferro reta (7kg, 120cm <strong>de</strong> comprimento) e anilhas<br />

(1/2, 1, 4, 5 e 10Kg). Para a padronização <strong>do</strong> ritmo<br />

<strong>de</strong> execução <strong>do</strong> exercício isotônico foi utiliza<strong>do</strong> um<br />

metrônomo digital (Qwik Time QT-3, Beijing,<br />

China) cabrila<strong>do</strong> a 40 bpm.<br />

Durante os testes <strong>de</strong> exaustão os sujeitos permaneceram<br />

em postura ereta com os pés distantes 40cm<br />

entre eles [3]. Um monitor coloca<strong>do</strong> a 130cm <strong>do</strong><br />

sujeito e a 100cm <strong>de</strong> altura ofereceu retorno visual<br />

<strong>de</strong> sua postura. Foram obti<strong>da</strong>s imagens no plano<br />

sagital por meio <strong>de</strong> uma câmera (JVC GR-AX910U,<br />

Tokio, Japan) posiciona<strong>da</strong> a 360cm perperdicularmente<br />

ao plano em que os voluntários se encontravam.<br />

Estas imagens ofereceram um feedback postural<br />

aos voluntários durante a realização <strong>do</strong> exercício<br />

assim como posteriormente, pela i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

um sistema fotoeletrônico [20] grava<strong>do</strong> simultaneamente,<br />

a aquisição <strong>do</strong>s registros EMG permitiu a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s fases <strong>do</strong>s movimento e obtenção<br />

<strong>do</strong>s valores <strong>de</strong> RMS. Com o objetivo <strong>de</strong> padronizar a<br />

postura simétrica e os movimentos durante o teste<br />

<strong>de</strong> exaustão, um sistema <strong>de</strong> hastes metálicas foi<br />

construí<strong>do</strong>, o qual limitou os movimentos <strong>do</strong>s braços<br />

ântero-lateralmente e manteve a flexão <strong>do</strong>s joelhos<br />

a 15º. A partir <strong>de</strong>sta posição foram realiza<strong>da</strong>s<br />

Rev Port Cien Desp 6(2) 170–178<br />

flexões e extensões <strong>do</strong> cotovelo, com o antebraço<br />

supina<strong>do</strong> bilateralmente e as mãos afasta<strong>da</strong>s aproxima<strong>da</strong>mente<br />

45cm.<br />

Sistema EMG<br />

Dois pares <strong>de</strong> eletro<strong>do</strong>s <strong>de</strong> superfície, bipolares, <strong>de</strong>scartáveis<br />

(MediTrace 100, Chicopee, Cana<strong>da</strong>) e com<br />

área <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> 1cm foram posiciona<strong>do</strong>s sobre<br />

os músculos longuíssimo <strong>do</strong> tórax direito (LTD) e<br />

esquer<strong>do</strong> (LTE) no nível <strong>de</strong> L1, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

Kumar [21], na direção <strong>da</strong>s fibras musculares. Um<br />

eletro<strong>do</strong> <strong>de</strong> referência foi posiciona<strong>do</strong> no punho<br />

direito.<br />

Para a obtenção <strong>do</strong>s sinais eletromiográficos foi utiliza<strong>do</strong><br />

um módulo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> sinais biológicos<br />

(Lynx - Tecnologia Eletrônica Lt<strong>da</strong> ®, São Paulo, SP,<br />

Brasil) <strong>de</strong> quatro canais, ao qual foram conecta<strong>do</strong>s<br />

os cabos e eletro<strong>do</strong>s. A freqüência <strong>de</strong> amostragem<br />

foi <strong>de</strong> 1000Hz, o filtro passa alta <strong>de</strong> 10Hz, o filtro<br />

passa baixa <strong>de</strong> 500Hz e o ganho <strong>de</strong> 1000 vezes. A<br />

conversão <strong>do</strong>s sinais analógicos para digitais foi realiza<strong>da</strong><br />

por uma placa A/D com faixa <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

–5 a +5 volts (CAD 1026-Lynx). Para a aquisição<br />

<strong>do</strong>s sinais eletromiográficos também foi utiliza<strong>do</strong><br />

um software específico (Aq<strong>da</strong><strong>do</strong>s-Lynx).<br />

Análise estatística<br />

Os valores <strong>de</strong> RMS <strong>do</strong> sinal EMG foram analisa<strong>do</strong>s<br />

separa<strong>da</strong>mente nas contrações concêntricas <strong>de</strong> flexão<br />

<strong>do</strong>s cotovelos (FC) (fase <strong>de</strong> levantamento <strong>da</strong> carga)<br />

e nas contrações excêntricas <strong>de</strong> extensão <strong>do</strong>s cotovelos<br />

(EC) (fase <strong>de</strong> abaixamento <strong>da</strong> carga), durante os<br />

testes <strong>de</strong> exaustão. Estes valores foram normaliza<strong>do</strong>s<br />

pelo valor <strong>da</strong> primeira contração, realiza<strong>da</strong> com 45%<br />

<strong>de</strong> 1-RM, e analisa<strong>do</strong>s a ca<strong>da</strong> 10% <strong>do</strong> TE. Dos valores<br />

<strong>de</strong>stas regressões lineares entre RMS e tempo<br />

foram obti<strong>do</strong>s os respectivos slopes, tanto para as FC<br />

como para as EC <strong>do</strong> movimento analisa<strong>do</strong> em ca<strong>da</strong><br />

uma <strong>da</strong>s porcentagens <strong>de</strong> carga. A análise estatística<br />

<strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s foi realiza<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> testes não paramétricos.<br />

Sen<strong>do</strong> que para a verificação <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> carga sobre os valores <strong>de</strong> TE total, <strong>da</strong> percentagem<br />

<strong>de</strong> TE <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma mesma intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

carga, e <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga para um mesmo<br />

músculo e tipo <strong>de</strong> contração, foi aplica<strong>do</strong> o teste <strong>de</strong><br />

Friedman. Já para as comparações entre os diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> contração (FC e EC) para um mesmo mús-

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