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Um olhar para as altas habilidades

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<strong>Um</strong> <strong>olhar</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> alt<strong>as</strong> <strong>habilidades</strong>: construindo caminhos<br />

Por que esse <strong>as</strong>sunto, agora?<br />

O interesse pelo tema d<strong>as</strong> alt<strong>as</strong> <strong>habilidades</strong> não é uma coisa nova. Nem<br />

no Br<strong>as</strong>il, nem no mundo. No entanto, em 1998, entre nós ainda se podia<br />

perguntar:<br />

10<br />

Superdotação: a diferença invisível?<br />

Diferentemente da maioria dos países do mundo, a superdotação no Br<strong>as</strong>il é predominantemente ignorada, quando se trata<br />

da prática educacional. Órgãos encarregados do estabelecimento d<strong>as</strong> diretrizes de Educação e Saúde têm como hábito incluí-la,<br />

quando deliberam sobre Educação Especial. Como nos c<strong>as</strong>os d<strong>as</strong> deficiênci<strong>as</strong>, a superdotação deve ser avaliada, oferecendo-se<br />

ao indivíduo condições educacionais adequad<strong>as</strong> ao seu potencial. Na prática, não é o que acontece, salvo em c<strong>as</strong>os isolados<br />

muito raros. Num país pleno de carênci<strong>as</strong>, não se considera relevante o atendimento diferenciado a quem já foi privilegiado com<br />

um dom especial. Os superdotados estão escondidos n<strong>as</strong> sal<strong>as</strong> de aula comuns, como se seus talentos fossem invisíveis.<br />

(Cupertino, 1998)<br />

Retornando <strong>para</strong> um tempo bem mais distante, os relatos (Gama, 2006;<br />

Ferrer, s/d) informam que o início da atenção ao talento data da Grécia Antiga:<br />

a Academia de Platão selecionava moç<strong>as</strong> e rapazes pela inteligência<br />

e desempenho físico, independentemente da cl<strong>as</strong>se social, e sua educação<br />

não era cobrada. Já em Roma a educação superior era destinada apen<strong>as</strong><br />

aos mais capazes. Na China, desde o século VII, consideravam que a criança<br />

talentosa não se desenvolvia sem educação apropriada, pensamento que<br />

continua forte ainda hoje, quando <strong>as</strong> Escol<strong>as</strong> do Tempo Vago vêm colocando<br />

alunos chineses do Ensino Médio em posição de destaque em competições<br />

internacionais. No Japão, a partir do século XVII, <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> mais ric<strong>as</strong> recebiam<br />

educação especial. Hoje, embora todos tenham acesso à escola, a<br />

educação superior é atingida por mérito, e não é <strong>para</strong> todos.

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