Um olhar para as altas habilidades
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
um <strong>olhar</strong> <strong>para</strong> aS altaS habilidadeS: ConStruindo CaminhoS<br />
existem oUtr<strong>as</strong> Form<strong>as</strong> de deFinir a inteliGênCia?<br />
30<br />
<strong>para</strong> ampliar essa<br />
discussão, leia o capítulo<br />
“sobre pergunt<strong>as</strong> e<br />
conceitos”, de susana<br />
pérez. in Freit<strong>as</strong>, s. n.<br />
(org.) Educação e alt<strong>as</strong><br />
<strong>habilidades</strong>: a ousadia de<br />
rever conceitos e prátic<strong>as</strong>.<br />
santa maria – rs: ed.<br />
UFsm, 2006. pp. 37-61.<br />
Confrontados com limitações, alguns pesquisadores propuseram teori<strong>as</strong><br />
que diversificam e ampliam b<strong>as</strong>tante os modos de entender o “ser inteligente”.<br />
Entre esses trabalhos, o que adquiriu maior destaque foi o de Howard<br />
Gardner, que define vários tipos de inteligência, ampliando a idéia exposta<br />
acima de que a inteligência é a habilidade <strong>para</strong> raciocinar apen<strong>as</strong>. Podemos<br />
pensar na concepção de Gardner <strong>para</strong> a inteligência através de uma<br />
analogia: a inteligência poderia ser entendida como a porta de abertura do<br />
indivíduo <strong>para</strong> o mundo à sua volta, a maneira como ele capta e significa<br />
esse mundo, e atua sobre ele. As pesso<strong>as</strong> teriam, <strong>as</strong>sim, diferentes form<strong>as</strong><br />
de aproximação e compreensão d<strong>as</strong> cois<strong>as</strong>, a partir do que ele cl<strong>as</strong>sificou<br />
inicialmente em sete categori<strong>as</strong>, chamad<strong>as</strong> também de inteligênci<strong>as</strong>: lógico-matemática,<br />
lingüística, cinestésica, espacial, interpessoal, intrapessoal<br />
e musical. Posteriormente ele identificou uma inteligência naturalista e uma<br />
espiritual. As capacidades human<strong>as</strong> estariam arranjad<strong>as</strong>, em cada pessoa,<br />
como uma combinação particular de tod<strong>as</strong> ess<strong>as</strong> inteligênci<strong>as</strong>, às vezes com<br />
a predominância de uma del<strong>as</strong>. Essa visão promove um avanço ao romper<br />
com <strong>as</strong> categorizações rígid<strong>as</strong> como <strong>as</strong> cl<strong>as</strong>sificações apen<strong>as</strong> pelo Q.I.,<br />
mostrando não só que cada indivíduo tem um modo de ser particular, m<strong>as</strong><br />
principalmente que a estrutura tradicional da escola dá conta apen<strong>as</strong> de<br />
algum<strong>as</strong> dess<strong>as</strong> form<strong>as</strong> de aproximação do mundo, e que os modelos educacionais<br />
precisam ser revistos <strong>para</strong> atender a todos.<br />
Outra contribuição importante na ampliação da compreensão do que<br />
é inteligência vem sendo dada por Robert Sternberg, que definiu três tipos.<br />
Dois deles estão alinhados com outr<strong>as</strong> teori<strong>as</strong>: a analítica e a criativa. As capacidades<br />
analític<strong>as</strong> seriam <strong>as</strong> normalmente avaliad<strong>as</strong> nos testes de <strong>habilidades</strong>.<br />
As criativ<strong>as</strong> envolvem a capacidade de ter idéi<strong>as</strong>, levantar problem<strong>as</strong>,<br />
criar, enfim. Sua principal contribuição, no entanto, está na identificação<br />
de uma inteligência prática. Diz ele: