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O segmento das agências e operadoras de viagens e turismo

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O Turismo no Brasil: Panorama Geral, Avaliação da Competitivida<strong>de</strong> e Propostas<br />

<strong>de</strong> Políticas Públicas para o Setor – Neit-IE-Unicamp<br />

Cabe mencionar o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sintermediação, ou seja, o<br />

enfraquecimento do papel <strong>de</strong> intermediação da negociação dos serviços<br />

turísticos ou do papel <strong>de</strong> distribuição/comercialização exclusiva dos serviços<br />

turísticos oferecidos pelos provedores através <strong>das</strong> agências. Isto significa um<br />

<strong>de</strong>safio ao papel <strong>de</strong> intermediação tradicional <strong>das</strong> agências, que inclui tanto a<br />

programação/organização <strong>das</strong> <strong>viagens</strong> (busca <strong>de</strong> informações, seleção <strong>de</strong><br />

provedores, realização <strong>de</strong> reservas) quanto a efetiva comercialização<br />

(compra/venda) dos serviços turísticos separados ou em pacotes.<br />

Esta intermediação tradicional <strong>das</strong> agências tem sido muitas vezes<br />

substituída pela internet, que permite o contato direto entre provedores <strong>de</strong><br />

serviços turísticos (<strong>de</strong> transporte, <strong>de</strong> hospedagem) e consumidores, ou mesmo<br />

entre as <strong>operadoras</strong> (que montam os pacotes com serviços <strong>de</strong> vários<br />

provedores) e os consumidores. Do ponto <strong>de</strong> vista dos provedores (como<br />

empresas aéreas) e <strong>das</strong> <strong>operadoras</strong>, eles passaram a contar com um canal <strong>de</strong><br />

distribuição alternativo <strong>de</strong> seus serviços ou <strong>de</strong> seus próprios pacotes, vendidos<br />

diretamente ao consumidor através da internet, evitando o pagamento <strong>de</strong><br />

comissões às agências. Por outro lado, do ponto <strong>de</strong> vista dos consumidores, eles<br />

po<strong>de</strong>m buscar informações, programar e organizar suas <strong>viagens</strong>, fazendo<br />

reservas e comprando serviços <strong>de</strong> provedores diversos ou <strong>de</strong> um único<br />

fornecedor <strong>de</strong> um pacote turístico utilizando a internet.<br />

No entanto, o uso da internet no processo <strong>de</strong> intermediação apresenta<br />

alguns problemas, especialmente enfrentados pelos consumidores, como as<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso e <strong>de</strong> uso da internet para não-iniciados; o tempo gasto na<br />

busca <strong>de</strong> informações; a impessoalida<strong>de</strong>; a insegurança na realização <strong>de</strong><br />

transações financeiras e <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> dados pessoais através da internet; a<br />

<strong>de</strong>satualização <strong>de</strong> informações (<strong>de</strong> alguns sites); assim como a falta <strong>de</strong><br />

informação suficiente sobre produtos e serviços negociados e sobre as formas<br />

<strong>de</strong> pagamento (WTO, 2002: 4) ou a falta <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> resposta imediata (que<br />

inclusive po<strong>de</strong> não ser enviada). Esses problemas associados ao uso da internet<br />

contribuem para <strong>de</strong>sestimular a substituição <strong>das</strong> agências, ou seja, dificultam a<br />

<strong>de</strong>sintermediação.<br />

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