O segmento das agências e operadoras de viagens e turismo
O segmento das agências e operadoras de viagens e turismo
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O Turismo no Brasil: Panorama Geral, Avaliação da Competitivida<strong>de</strong> e Propostas<br />
<strong>de</strong> Políticas Públicas para o Setor – Neit-IE-Unicamp<br />
tarifas tem reduzido o comissionamento <strong>das</strong> agências na emissão <strong>de</strong> passagens<br />
aéreas (Tomelin, 2001: 58).<br />
Portanto, isto ten<strong>de</strong>ria a contribuir para o estrangulamento <strong>de</strong> uma<br />
importante fonte <strong>de</strong> receita <strong>das</strong> agências e/ou para um processo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sintermediação (no limite, substituição <strong>das</strong> agências na comercialização), com<br />
impactos graves sobre a estrutura do <strong>segmento</strong> analisado (redução do número<br />
<strong>de</strong> empresas atuantes nos mais diversos países) (quadro 1).<br />
Por sua vez, os programas internos <strong>de</strong> reestruturação <strong>das</strong> empresas<br />
aéreas, que objetivam a redução <strong>de</strong> custos e <strong>de</strong> tarifas neste novo ambiente<br />
competitivo marcado pela <strong>de</strong>sregulamentação, têm acentuado os efeitos acima<br />
apontados (aumento da concorrência e formação <strong>de</strong> alianças). Consi<strong>de</strong>rando<br />
que o pagamento <strong>de</strong> comissionamento às agências <strong>de</strong> <strong>turismo</strong> é a quarta<br />
<strong>de</strong>spesa mais importante <strong>das</strong> empresas aéreas, <strong>de</strong>pois dos recursos humanos,<br />
do combustível e <strong>das</strong> compras <strong>de</strong> aeronaves (WTO, 2002: 59), compreen<strong>de</strong>-se o<br />
esforço <strong>de</strong> eliminação (via venda direta) ou <strong>de</strong> redução do comissionamento<br />
como um elemento fundamental da reestruturação <strong>das</strong> empresas aéreas com<br />
vistas à queda dos custos operacionais.<br />
Exemplificando a tendência <strong>de</strong> redução do comissionamento<br />
apresentada pelo <strong>segmento</strong> <strong>de</strong> transporte aéreo mundial, <strong>de</strong>staca-se que a Air<br />
Canada abaixou para 5% as comissões pagas às agências <strong>de</strong> <strong>turismo</strong> que<br />
comercializam suas passagens <strong>de</strong> vôos domésticos. A Lufthansa, a British<br />
Airways e a Swissair, e suas parceiras qualifica<strong>das</strong> por alianças, cortaram as<br />
comissões <strong>de</strong> 9% para 7% no mercado francês. Em 1999, a United Airlines<br />
reduziu as comissões <strong>de</strong> 8% para 5% nos mercados americano e cana<strong>de</strong>nse. Em<br />
2001, a American Airlines anunciou uma redução <strong>de</strong> 60% nas comissões pagas<br />
às agências <strong>de</strong> <strong>turismo</strong> que comercializam seus bilhetes aéreos (WTO, 2002: 60).<br />
No Brasil, houve redução recente (a partir <strong>de</strong> 2000) do comissionamento <strong>das</strong><br />
agências na emissão <strong>de</strong> passagens aéreas. Em recente pesquisa realizada junto a<br />
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