O segmento das agências e operadoras de viagens e turismo
O segmento das agências e operadoras de viagens e turismo
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O Turismo no Brasil: Panorama Geral, Avaliação da Competitivida<strong>de</strong> e Propostas<br />
<strong>de</strong> Políticas Públicas para o Setor – Neit-IE-Unicamp<br />
No início dos anos 80, a empresa iniciou a organização <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong><br />
<strong>viagens</strong> com transporte aéreo. Estes pacotes foram viabilizados pela CVC<br />
contando com a cooperação <strong>de</strong> órgãos oficiais <strong>de</strong> <strong>turismo</strong> <strong>de</strong> diversos estados<br />
brasileiros, com <strong>de</strong>staque para estados do Norte e do Nor<strong>de</strong>ste, e com parcerias<br />
com a re<strong>de</strong> hoteleira local e a empresa aérea Vasp. Estas parcerias permitiam a<br />
redução dos custos <strong>das</strong> <strong>viagens</strong>, viabilizando a venda <strong>de</strong> pacotes em gran<strong>de</strong><br />
escala para <strong>de</strong>mandantes basicamente concentrados no Estado <strong>de</strong> São Paulo. O<br />
sucesso do empreendimento levou a CVC, em 1989, a adquirir 100 mil<br />
passagens aéreas da Vasp, o equivalente a 50% <strong>de</strong> todo o movimento mensal da<br />
empresa aérea na época. A aquisição <strong>das</strong> passagens em um gran<strong>de</strong> pacote<br />
reduz os custos da operadora e otimiza a utilização da capacida<strong>de</strong> <strong>das</strong><br />
aeronaves, <strong>de</strong>stacando que o uso <strong>das</strong> aeronaves para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda<br />
turística geralmente não coinci<strong>de</strong> com seu uso por <strong>de</strong>mandantes com fins<br />
comerciais.<br />
A partir do sucesso <strong>das</strong> operações <strong>de</strong> compras <strong>de</strong> bilhetes em gran<strong>de</strong><br />
escala, a empresa iniciou o procedimento <strong>de</strong> fretamento <strong>de</strong> aviões<br />
exclusivamente para suas ativida<strong>de</strong>s. Isto direcionou o fluxo <strong>de</strong> turistas para<br />
<strong>de</strong>termina<strong>das</strong> localida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> a empresa organizou os fornecedores com base<br />
em acordos comerciais para transformar os <strong>de</strong>stinos em receptores <strong>de</strong> <strong>turismo</strong><br />
<strong>de</strong> massa. Os primeiros gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stinos organizados se tornaram alguns dos<br />
maiores <strong>de</strong>stinos turísticos do país, <strong>de</strong>stacando-se as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Porto Seguro,<br />
Maceió e Natal, e a região da Serra Gaúcha, bem como a Pousada do Rio<br />
Quente. Cabe <strong>de</strong>stacar que em cada um <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>stinos a operadora ou possui<br />
uma estrutura própria <strong>de</strong> atendimento ao turista (como hotéis) ou fez parcerias<br />
com provedores locais, garantindo preços mais competitivos para seus pacotes.<br />
Neste mesmo momento, a empresa, que já operava pacotes para os<br />
Estados Unidos (Miami, Orlando e Nova York), lançou-se na organização <strong>de</strong><br />
roteiros com <strong>de</strong>stino à América Central e ao Caribe, comercializando pacotes<br />
para Aruba e Cancún, bem como passou a explorar o <strong>segmento</strong> <strong>de</strong> cruzeiros<br />
marítimos em parceria com as <strong>operadoras</strong> Intravel e Welcome, operando<br />
roteiros do navio Funchal. Este movimento visava a entrada em um novo<br />
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