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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB FACULDADE DE ... - Unisc

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as "terras tradicionalmente ocupadas" pelas comunidades quilombolas<br />

sejam protegidas tal como foi previsto na Constituição de 1988!<br />

.<br />

A SITUAÇÃO DAS MULHERES NEGRAS<br />

Falar da mulher negra no Brasil é falar de uma história de exclusão, onde as<br />

variáveis de gênero e raça são estruturantes das desigualdades. É sobre a mulher negra que<br />

recai todo peso da herança colonial, onde o sistema patriarcal apóia-se solidamente com a<br />

herança do sistema.<br />

Conforme o Censo Demográfico de 2000, somos 169,5 milhões de brasileiros, dos<br />

quais 50,79% do sexo feminino. As mulheres negras equivalem a 49% da população negra,<br />

correspondendo a 37.602.461 habitantes.<br />

As mulheres negras contribuíram de forma inquestionável para a construção<br />

socioeconômica e cultural de nosso país e foram decisivas para as conquistas de direitos das<br />

brasileiras. A sua luta contra o racismo e o desmascaramento do mito da democracia racial<br />

tem contribuído para o comprometimento de outros setores da sociedade civil organizada, na<br />

luta contra o sexismo e o racismo. Entretanto, apesar de sua presença na construção desse<br />

país, ao analisarmos sua situação, vamos verificar que se trata de uma maioria vivendo em<br />

condições extremas de desigualdade, qualquer que seja o indicador social.<br />

Encontram-se mais expostas à miséria, à pobreza, à violência, ao analfabetismo; à<br />

precariedade de atendimento nos serviços assistenciais, educacionais e de saúde. Sem acesso<br />

aos bens e serviços existentes em nossa sociedade, encontram-se expostas à violência de<br />

gênero e racial. Entre as conseqüências extremas desta situação está o seu aniquilamento<br />

físico, político e social.<br />

Por consideramos que todas essas condições adversas de vida são produzidas pelo<br />

racismo estrutural que organiza as relações sociais no Brasil, reafirmamos o nosso repúdio a<br />

esta realidade, injusta, desumana, genocida e tratada com profunda indiferença e desprezo<br />

pelos diferentes níveis de governo e por parcela considerável da sociedade brasileira.

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