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Origem do Instituto de Química da USP Reminiscências e comentários

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<strong>Origem</strong> <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Química <strong>da</strong> <strong>USP</strong> - Reminiscências e Comentários<br />

– gran<strong>de</strong> nome liga<strong>do</strong> á Química <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação – com o qual se<br />

transferiu para a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Bonn em 1922. Nos anos seguintes,<br />

firmou-se como cientista <strong>de</strong> fama internacional, gran<strong>de</strong> di<strong>da</strong>ta<br />

e exímio cultor <strong>da</strong> história <strong>da</strong> ciência, em particular <strong>da</strong> química.<br />

Com o advento <strong>do</strong> nazismo passou a sentir-se <strong>de</strong>sconfortável,<br />

em parte <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à sua <strong>de</strong>scendência <strong>de</strong> Heinrich Caro. Foi<br />

quan<strong>do</strong> recebeu o convite <strong>da</strong> <strong>USP</strong>, em 1934. Estava então com<br />

42 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, era chefe <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Química Inorgânica<br />

e Analítica, tinha orienta<strong>do</strong> 35 teses <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento e<br />

contava com a colaboração <strong>de</strong> vários assistentes. Com um currículo<br />

tão rico po<strong>de</strong>ria ter emigra<strong>do</strong> para algum lugar em que<br />

encontraria muito boas condições <strong>de</strong> trabalho, mas sentiu-se<br />

atraí<strong>do</strong> pela proposta brasileira que lhe proporcionava a chance<br />

<strong>de</strong> iniciar e <strong>de</strong>senvolver uma escola com orientação própria.<br />

Aceitou Rheinboldt o <strong>de</strong>safio e, não obstante a precarie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>s condições encontra<strong>da</strong>s fosse maior <strong>do</strong> que a por ele espera<strong>da</strong>,<br />

<strong>de</strong>dicou-se com entusiasmo à sua tarefa procuran<strong>do</strong> superar<br />

as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com espírito otimista na esperança <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

chegar a dias melhores e assim alcançar os seus objetivos.<br />

Preocupava-se com a formação racional <strong>do</strong>s alunos e enfatizava<br />

a importância <strong>da</strong> pesquisa básica <strong>de</strong> maneira abrangente.<br />

Assim, já no primeiro relatório publica<strong>do</strong> nos Anuários <strong>de</strong><br />

1934-35 <strong>da</strong> FFCL, dizia que a pesquisa pura é “a raiz que alimenta<br />

a pesquisa industrial, <strong>da</strong> qual se <strong>de</strong>senvolvem a produção e<br />

a ven<strong>da</strong> no interior e no exterior” e acrescentava, “<strong>de</strong>sta ca<strong>de</strong>ia:<br />

pesquisa pura – pesquisa industrial – produção – comércio, não<br />

se po<strong>de</strong> tirar nem substituir um único anel, sem enfraquecer o<br />

to<strong>do</strong>”. Em suas aulas, em que a<strong>do</strong>tava o enfoque histórico, costumava<br />

referir-se a gran<strong>de</strong>s cientistas que, principalmente na<br />

Alemanha, haviam passa<strong>do</strong> <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> para a indústria,<br />

e vice-versa, contribuin<strong>do</strong> apreciavelmente para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> ambos os setores. E na memorável conferência sobre<br />

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