Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
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Paschoal Senise<br />
<strong>de</strong> quase to<strong>do</strong>s os ex-alunos e, por meio <strong>de</strong>stes, <strong>de</strong> apreciável<br />
número <strong>de</strong> indústrias. Criou-se, assim, a “Selecta Chimica” cujo<br />
regulamento <strong>de</strong>terminava a constituição <strong>de</strong> uma Comissão <strong>de</strong><br />
Seleção, forma<strong>da</strong> pelos professores Rheinboldt, Hauptmann e<br />
Mingoia, com po<strong>de</strong>res para aceitar ou rejeitar qualquer artigo.<br />
Cabe aqui esclarecer que a revista veio a público com o<br />
nome <strong>de</strong> “boletim”, por exigência <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Imprensa<br />
e Propagan<strong>da</strong>, o famigera<strong>do</strong> DIP, cria<strong>do</strong> pelo governo Vargas,<br />
pouco <strong>de</strong>pois passan<strong>do</strong> a DNI, Departamento Nacional <strong>de</strong><br />
Imprensa, órgão em que o registro <strong>de</strong> qualquer publicação era<br />
obrigatório. Não tenho lembrança <strong>do</strong>s reais motivos alega<strong>do</strong>s<br />
para proibir a publicação <strong>de</strong> uma revista. Após algum tempo,<br />
a situação política foi mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> e a palavra “boletim”, foi substituí<strong>da</strong><br />
simplesmente por “publicação”, como aparece pela primeira<br />
vez no n o 9, <strong>de</strong> 1950. “Selecta Chimica” teve seu primeiro<br />
número lança<strong>do</strong> em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1944 e continuou como publicação<br />
semestral até 1947; a partir <strong>de</strong> 1948-49 foi anual, O último<br />
fascículo, reunin<strong>do</strong> os números 23 e 24 saiu em 1965.<br />
As dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s crescentes <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m financeira <strong>de</strong>terminaram<br />
a diminuição <strong>da</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> e o término <strong>da</strong> publicação.<br />
Apesar <strong>da</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s contribuições, <strong>de</strong> ex-alunos,<br />
empresas e até mesmo <strong>da</strong> Reitoria <strong>da</strong> <strong>USP</strong> e, finalmente <strong>da</strong> FA-<br />
PESP, os recursos foram se tornan<strong>do</strong> insuficientes para cobrir os<br />
significativos aumentos <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> espiral inflacionária.<br />
A direção <strong>da</strong> revista, com muito esforço, conseguiu introduzir<br />
alguma publici<strong>da</strong><strong>de</strong> em alguns números, mas também<br />
esse caminho não levou a resulta<strong>do</strong>s satisfatórios. Pena, porque<br />
a revista tinha alcança<strong>do</strong> plena aceitação, até mesmo no<br />
exterior, graças aos bons artigos publica<strong>do</strong>s. Com efeito, foram<br />
divulga<strong>da</strong>s contribuições <strong>de</strong> renoma<strong>do</strong>s autores locais e estrangeiros<br />
cui<strong>da</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong> temas abrangentes ou em forma <strong>de</strong> “miseau-point”<br />
que <strong>de</strong>spertavam apreciável interesse. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />
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