Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Paschoal Senise<br />
A resolução <strong>do</strong> CFQ foi acerta<strong>da</strong> e visava estabelecer a<br />
harmonia, mas na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, houve reação em algumas Escolas<br />
<strong>de</strong> Química Industrial, tanto é que, a certa altura, o presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>do</strong> CFQ, Geral<strong>do</strong> <strong>de</strong> Oliveira Castro, teve <strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocar para Recife<br />
a fim <strong>de</strong> tentar serenar os ânimos <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes que haviam<br />
entra<strong>do</strong> em greve e exigiam a revogação <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> resolução.<br />
O currículo mínimo<br />
Em cumprimento ao disposto na Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases<br />
<strong>da</strong> Educação, <strong>de</strong> 1961, o Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, CFE, aprovou<br />
em 1962, para viger a partir <strong>de</strong> 1963, os currículos mínimos<br />
para cursos superiores cujos diplomas conferissem habilitação<br />
para o exercício <strong>de</strong> profissões regulamenta<strong>da</strong>s.<br />
No caso <strong>da</strong> química, o bacharela<strong>do</strong> não ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />
profissão regulamenta<strong>da</strong>, o currículo mínimo aprova<strong>do</strong><br />
referia-se a “Curso <strong>de</strong> Química ou Química Industrial” fican<strong>do</strong><br />
livre a organização <strong>do</strong>s cursos que conduzissem ao diploma<br />
<strong>de</strong> bacharel; evi<strong>de</strong>ntemente, o currículo para formação <strong>do</strong> “bacharel<br />
com atribuições tecnológicas” ficava sujeito ao disposto<br />
para o químico industrial, razão por que, além <strong>da</strong>s disciplinas<br />
tecnológicas cita<strong>da</strong>s, foi introduzi<strong>da</strong> a <strong>de</strong> Desenho. Também foi<br />
fixa<strong>do</strong> currículo mínimo para a licenciatura em química.<br />
Felizmente, coube ao Prof. Francisco João Humberto Maffei<br />
relatar no CFE o processo referente aos cursos <strong>de</strong> química, pois<br />
com o seu reconheci<strong>do</strong> bom senso, interpretou corretamente o<br />
senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> “mínimo” e incluiu em seu parecer um número reduzi<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> matérias <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> às escolas para a complementação<br />
<strong>do</strong> currículo. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, a idéia fun<strong>da</strong>mental foi<br />
a <strong>de</strong> indicar apenas as matérias essenciais para uma formação<br />
56