Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Paschoal Senise<br />
Não existe um padrão único, ao contrário, é até <strong>de</strong>sejável<br />
a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> diferentes situações locais, como<br />
sabiamente apontou o Prof. Maffei em seu parecer no CFE, fato<br />
que merece ser realça<strong>do</strong> por mostrar a evolução <strong>de</strong> mentali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
ocorri<strong>da</strong> com o correr <strong>do</strong> tempo. Refiro-me à quebra <strong>da</strong> rígi<strong>da</strong><br />
centralização imposta pelo MEC com a reforma <strong>de</strong> 1939, estabelecen<strong>do</strong><br />
um padrão nacional obrigatório e, como referência, a<br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Brasil, conforme já foi comenta<strong>do</strong>.<br />
O que foi dito, como é óbvio, aplica-se também internamente<br />
em um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> curso, assim como ocorreu na <strong>USP</strong>,<br />
no caso <strong>da</strong> química. Se nos primeiros tempos os nossos mestres,<br />
pela enorme carência <strong>de</strong> recursos materiais e humanos, tiveram<br />
<strong>de</strong> concentrar o ensino em poucas disciplinas, sempre esteve<br />
presente a preocupação <strong>de</strong> aperfeiçoamento e atualização,<br />
e foram aproveita<strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para introduzir modificações.<br />
Nos últimos tempos várias mu<strong>da</strong>nças sensíveis <strong>de</strong> currículo<br />
foram feitas e é importante que se continue a <strong>de</strong>sfrutar <strong>da</strong><br />
liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> promover experiências didáticas.<br />
Essas consi<strong>de</strong>rações levam também a refletir sobre a<br />
orientação correta no exame <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> revali<strong>da</strong>ção ou<br />
reconhecimento <strong>de</strong> equivalência <strong>de</strong> diplomas obti<strong>do</strong>s em outras<br />
instituições, principalmente <strong>do</strong> exterior. Em alguns casos<br />
(falo <strong>de</strong> maneira geral e não especificamente <strong>de</strong> química), tem<br />
havi<strong>do</strong> excessivo apego ao confronto minucioso <strong>do</strong> currículo<br />
<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e, em razão <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> uma ou outra disciplina, em<br />
comparação com o elenco local, pedi<strong>do</strong>s têm si<strong>do</strong> nega<strong>do</strong>s ou<br />
exigi<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s complementares, às vezes até <strong>de</strong> profissionais<br />
experientes, com alguns anos <strong>de</strong> formatura. É evi<strong>de</strong>nte que a<br />
avaliação tem <strong>de</strong> ser rigorosa, mas <strong>de</strong>ve basear-se no exame<br />
<strong>da</strong>s características <strong>do</strong> curso como um to<strong>do</strong>, <strong>da</strong> instituição <strong>de</strong><br />
origem, <strong>da</strong> época em que foi obti<strong>do</strong> o diploma e até mesmo <strong>da</strong>s<br />
eventuais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s exerci<strong>da</strong>s pelo postulante. É claro que esse<br />
58