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Origem do Instituto de Química da USP Reminiscências e comentários

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Paschoal Senise<br />

ploma <strong>de</strong> pelo menos um <strong>do</strong>s gradua<strong>do</strong>s em 1937. Com o apoio<br />

<strong>do</strong>s meus colegas, me dispus a enfrentar a tarefa. O Diretor <strong>da</strong><br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong>, Prof. Souza Campos, não só apoiou a iniciativa, mas<br />

também se empenhou pessoalmente, indican<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo o<br />

caminho a seguir e acompanhan<strong>do</strong> to<strong>da</strong>s as etapas <strong>do</strong> processo.<br />

Ocorreu que a Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia, <strong>de</strong>sejan<strong>do</strong> acentuar o<br />

valor cultural <strong>de</strong> seus cursos, resolvera emitir os correspon<strong>de</strong>ntes<br />

diplomas em língua latina. Esse pormenor veio a constituir<br />

o primeiro problema. Evi<strong>de</strong>ntemente, nenhuma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

houve na formali<strong>da</strong><strong>de</strong> inicial, ou seja, o registro na Reitoria <strong>da</strong><br />

<strong>USP</strong>; recebi o diploma em 19/4/38 e, no dia seguinte a Reitoria<br />

proce<strong>de</strong>u ao registro, seguin<strong>do</strong>-se logo o reconhecimento <strong>da</strong>s<br />

assinaturas.<br />

O registro no Ministério <strong>do</strong> Trabalho, Indústria e Comércio,<br />

estava condiciona<strong>do</strong> a prévia registração no Ministério <strong>da</strong> Educação<br />

e Saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> tradução para o vernáculo <strong>do</strong><br />

texto <strong>do</strong> diploma. Essa tarefa, para produzir efeitos legais, <strong>de</strong>via<br />

ser confia<strong>da</strong> a tradutor juramenta<strong>do</strong>, mas, por incrível que pareça,<br />

não se encontrou em São Paulo profissional <strong>do</strong> ramo que<br />

estivesse legalmente habilita<strong>do</strong> para tanto. Sugeriu-nos, então<br />

o Prof. Souza Campos, que levássemos o diploma para o Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro on<strong>de</strong> to<strong>do</strong> o processo po<strong>de</strong>ria ser agiliza<strong>do</strong>, mediante<br />

contatos diretos por ele indica<strong>do</strong>s. Assim é que, um belo dia,<br />

tomei o trem e rumei para o Rio com o diploma <strong>de</strong>baixo <strong>do</strong> braço<br />

e, após novo reconhecimento <strong>de</strong> firmas em cartório local, fui<br />

ter com um tradutor juramenta<strong>do</strong>, o qual também não pô<strong>de</strong><br />

resolver o problema <strong>de</strong> imediato. Consegui porém <strong>da</strong>r entra<strong>da</strong><br />

no Ministério <strong>da</strong> Educação e Saú<strong>de</strong> para registro em 13 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 1938. A pendência relativa à tradução <strong>do</strong> diploma somente<br />

se resolveu com um texto em vernáculo produzi<strong>do</strong> por professor<br />

catedrático <strong>do</strong> Colégio Pedro II, instituição padrão, na época,<br />

para o ensino secundário. Estávamos então em 8 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />

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