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Origem do Instituto de Química da USP Reminiscências e comentários

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Paschoal Senise<br />

uma mu<strong>da</strong>nça um tanto drástica <strong>de</strong> situação e a conseqüente<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação a um regime mais aberto em que se<br />

procura ampliar a participação e valorizar o diálogo, mas também<br />

é preciso saber respeitar a li<strong>de</strong>rança <strong>do</strong> Chefe que, sem<br />

ser autoritário, <strong>de</strong>ve preservar a sua autori<strong>da</strong><strong>de</strong>. Acresce que os<br />

nossos <strong>de</strong>partamentos – como to<strong>da</strong> a estrutura universitária<br />

– são muito burocratiza<strong>do</strong>s, fator que leva os conselhos <strong>de</strong>partamentais<br />

(assim como outros colegia<strong>do</strong>s) a cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> minúcias<br />

administrativas e a colocá-las no mesmo nível <strong>de</strong> importância<br />

<strong>de</strong> questões <strong>de</strong> princípio e <strong>de</strong> orientação básica.<br />

Nos últimos tempos, tem havi<strong>do</strong> manifestações várias,<br />

geralmente oriun<strong>da</strong>s <strong>de</strong> órgãos oficiais preocupa<strong>do</strong>s com a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reforma <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira, segun<strong>do</strong> as<br />

quais os <strong>de</strong>partamentos constituem setores estanques, quan<strong>do</strong><br />

a organização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>veria ser feita por campos <strong>de</strong><br />

conhecimento. Cabe observar, a esse respeito, que vários <strong>de</strong>partamentos<br />

na<strong>da</strong> mais são <strong>do</strong> que a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong> antigas cátedras<br />

e que existe certa tendência a <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos, confundin<strong>do</strong>se<br />

– aí sim – especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> com campo <strong>de</strong> conhecimento.<br />

Ao consi<strong>de</strong>rar a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> país, após pouco mais <strong>de</strong> 35<br />

anos <strong>de</strong> experiência, talvez cheguemos a admitir que o sistema<br />

<strong>de</strong>partamental – bem sucedi<strong>do</strong> nos países anglo-saxões – não<br />

se coadune inteiramente com as características <strong>da</strong> nossa cultura.<br />

Se assim é, cabe profun<strong>da</strong> reflexão <strong>da</strong> qual possa resultar a<br />

busca <strong>de</strong> novos caminhos que realmente levem a estimular a<br />

interação e a contribuir para a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s. É imprescindível,<br />

porém, evitar <strong>de</strong>cisões precipita<strong>da</strong>s que não emanem<br />

<strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s aprofun<strong>da</strong><strong>do</strong>s e exaustivos, ou seja, <strong>do</strong> efetivo amadurecimento<br />

<strong>de</strong> idéias.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, vale mencionar que, em algumas universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

estão em an<strong>da</strong>mento experiências com novos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> ensino em que é suprimi<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong>partamental e<br />

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