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Origem do Instituto de Química da USP Reminiscências e comentários

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<strong>Origem</strong> <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Química <strong>da</strong> <strong>USP</strong> - Reminiscências e Comentários<br />

A mu<strong>da</strong>nça para a Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Universitária<br />

Se, por um la<strong>do</strong>, o ambiente na Alame<strong>da</strong> Glette proporcionava<br />

fácil relacionamento e agradável convivência, por outro,<br />

o trabalho era ca<strong>da</strong> vez mais afeta<strong>do</strong> pelas sérias limitações<br />

<strong>de</strong> espaço e pela precarie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instalações. Mesmo após as<br />

ampliações havi<strong>da</strong>s, to<strong>do</strong>s os cantos acabavam sen<strong>do</strong> ocupa<strong>do</strong>s<br />

sem que se alcançassem condições para o <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e pesquisa. Ansiava-se pela<br />

obtenção <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong> condigna que possibilitasse a expansão<br />

com o aumento <strong>da</strong>s vagas e aquisição <strong>de</strong> equipamento para<br />

pesquisa, visan<strong>do</strong> ao preenchimento <strong>de</strong> lacunas e abertura <strong>de</strong><br />

campos importantes ain<strong>da</strong> não <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente explora<strong>do</strong>s.<br />

Não faltaram planos elabora<strong>do</strong>s pelos nossos mestres,<br />

assim como promessas que não se cumpriam. A construção <strong>de</strong><br />

algo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> na Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Universitária não parecia ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong><br />

prioritária em relação à <strong>de</strong> outros setores, também mal<br />

aloja<strong>do</strong>s, que reclamavam melhores instalações. Ouvia-se dizer,<br />

às vezes, que a “Química já tem prédio próprio”, sem consi<strong>de</strong>rar<br />

que to<strong>da</strong>s as etapas <strong>de</strong> construção e a<strong>da</strong>ptação haviam si<strong>do</strong> leva<strong>da</strong>s<br />

a efeito com muita economia, em caráter provisório ou<br />

<strong>de</strong> emergência.<br />

Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, a situação era tal que a Química per<strong>de</strong>u a<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, nos anos 50, <strong>de</strong> crescer cientificamente pela impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

absoluta <strong>de</strong> utilizar recursos que, na época, teriam<br />

esta<strong>do</strong> disponíveis.<br />

O Prof. Rheinboldt faleceu em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1955 sem ter<br />

visto um esboço sequer <strong>de</strong> projeto, não obstante as várias sugestões<br />

encaminha<strong>da</strong>s. O Prof. Hauptmann, que o suce<strong>de</strong>u na<br />

direção <strong>do</strong> Departamento, se impôs o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> lutar com to<strong>da</strong>s<br />

as forças para alcançar o objetivo que to<strong>do</strong>s almejávamos, ou<br />

seja, um prédio na Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Universitária. De fato, foi incansá-<br />

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