Origem do Instituto de QuÃmica da USP Reminiscências e comentários
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Paschoal Senise<br />
foi possível aumentar o número <strong>de</strong> vagas para a graduação, <strong>de</strong><br />
25 para 60, e <strong>da</strong>r início a um processo <strong>de</strong> expansão científica.<br />
Mathias, na direção, empenhou-se em fazer contatos para<br />
atrair pesquisa<strong>do</strong>res que pu<strong>de</strong>ssem abrir e <strong>de</strong>senvolver novos<br />
campos. Já contávamos, a essa altura, com a colaboração voluntária<br />
<strong>do</strong> Prof. Pawel Krumholz que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos <strong>do</strong>s antigos<br />
mestres freqüentava o Departamento manten<strong>do</strong> estreita ligação,<br />
principalmente com o Prof. Hauptmann. Posteriormente, o<br />
relacionamento científico se intensificou e foi possível contratá-lo<br />
como Professor Colabora<strong>do</strong>r.<br />
Krumholz, polonês <strong>de</strong> nascimento, estu<strong>do</strong>u na Áustria,<br />
na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Viena e logo após a graduação foi admiti<strong>do</strong><br />
na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Popular <strong>de</strong> Viena como assistente <strong>do</strong> Prof.<br />
Fritz Feigl, o cria<strong>do</strong>r <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> toque, com o qual trabalhou<br />
durante alguns anos não apenas na solução <strong>de</strong> problemas analíticos<br />
mas também aprofun<strong>da</strong>n<strong>do</strong> os seus conhecimentos <strong>de</strong><br />
química e física que o levariam a se tornar um pesquisa<strong>do</strong>r eclético<br />
e extremamente criativo. Emigrou para o Brasil em 1941<br />
e naturalizou-se brasileiro em 1945. Durante alguns anos <strong>de</strong>dicou-se<br />
a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse industrial, foi fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r <strong>da</strong> Orquima<br />
S.A. on<strong>de</strong> instalou laboratórios <strong>de</strong> pesquisa e com alguns<br />
colabora<strong>do</strong>res elaborou importantes méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> separação e<br />
purificação <strong>de</strong> terras raras. Dirigiu durante 2 anos a Divisão <strong>de</strong><br />
Engenharia Química <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Energia Atômica (atual<br />
IPEN) <strong>da</strong> <strong>USP</strong>, mas encontrou a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> voltar a estu<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> pesquisa fun<strong>da</strong>mental, sua predileção, ao ser contrata<strong>do</strong><br />
em 1966. Com entusiasmo e <strong>de</strong>dicação orientou teses <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong><br />
e <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> forman<strong>do</strong> seleto grupo <strong>de</strong> pesquisa. Alguns<br />
<strong>de</strong> seus discípulos alcançaram notorie<strong>da</strong><strong>de</strong>, como Fernan<strong>do</strong><br />
Galembeck, Eduar<strong>do</strong> Vichi, Marco Aurélio De Paoli, atualmente<br />
professores titulares na UNICAMP, bem como Helena Li Chum,<br />
com produtiva carreira no exterior e, ain<strong>da</strong>, Ana Maria <strong>da</strong> Costa<br />
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