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tradicionalmenteinovador - Brazil Buyers & Sellers

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Produtos diferenciados, como<br />

as mini-hortaliças, são oferecidos<br />

ao consumidor e apresentam bom<br />

retorno financeiro<br />

O segmento de hortaliças, diante dos desafios de demanda<br />

para sua produção, vem criando novas alternativas para conquistar<br />

o interesse dos consumidores. Além de tentar avanços<br />

no plano industrial, há alguns anos vêm se inserindo no mercado<br />

produtos hortícolas minimamente processados, ou seja,<br />

modificados fisicamente, mas mantidos em seu estado fresco.<br />

Em direção semelhante, mas focado especificamente na redução<br />

de tamanhos, estão aparecendo com ênfase as chamadas<br />

mini-hortaliças e também as baby, tendo boa aceitação e valorização<br />

entre consumidores interessados em itens de fácil uso.<br />

As mini-hortaliças são criadas por meio de melhoramento<br />

genético e suas sementes são, na maioria, híbridas e importadas,<br />

enquanto as baby são obtidas utilizando-se artifícios no<br />

manejo da cultura, como a colheita antecipada e, no caso das<br />

folhas jovens, recebem a denominação baby leaf. A explicação<br />

é dada por Luis Felipe Villani Purquerio, do Centro de Horticultura<br />

do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e Paulo César<br />

Tavares de Melo, do Departamento de Produção Vegetal da<br />

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, vinculada à Universidade<br />

de São Paulo (Esalq/USP).<br />

Entre os produtos miniaturizados, além dos próprios minimamente<br />

processados de tamanho reduzido, como as minicenouras,<br />

o mais conhecido é o tomate-cereja. Mas também se<br />

apresentam nessa condição abóbora, alface, berinjela, chuchu,<br />

couve-flor, pepino, pimentão e melancia, entre outras hortaliças.<br />

O tomate-cereja aparece ainda em uma nova versão conhecida<br />

como tomate-uva, com formato parecido a um bago<br />

dessa fruta, de cor vermelho intenso e sabor muito doce. Vem<br />

tendo sucesso, mesmo custando cerca de R$ 3,00 a caixeta de<br />

180 gramas. Da mesma forma, a minimelancia, de dois a três<br />

quilos, sem sementes e de coloração vermelho forte, atinge valores<br />

até seis vezes superior aos do produto convencional.<br />

As folhas baby também são comercializadas com altos preços,<br />

chegando a R$ 5,00 as caixetas com 120 gramas do mix<br />

de folhas de alface, agrião, beterraba, couve mizuna e mostarda<br />

wakami, uma das formas de venda. Essa combinação propicia<br />

alto valor nutricional ao produto, atestam Purquerio e Melo.<br />

Nas baby leaf, destaca-se a praticidade, com produto embalado,<br />

sanitizado e pronto para ser consumido.<br />

Especialistas do setor veem nesses nichos de mercado um<br />

bom potencial de expansão, visto que cresce cada vez mais nos<br />

centros urbanos o número de casais sem filhos e de pessoas<br />

morando sozinhas, que buscam essas opções. Para o setor produtivo,<br />

ampliam-se as oportunidades de cultivo de hortaliças<br />

e, para o setor técnico-científico, novas exigências de estudos e<br />

geração de conhecimentos para desenvolver o setor.<br />

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