tradicionalmenteinovador - Brazil Buyers & Sellers
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tada apresentou redução, mas foi<br />
compensada por aumento de produtividade,<br />
que em 2011 pode atingir o<br />
índice mais alto – 14,8 t por hectare. A<br />
Embrapa Mandioca e Fruticultura, sediada<br />
em Cruz das Almas (BA), dispõe<br />
de previsões nesse sentido feitas pelo<br />
IBGE em junho deste ano.<br />
Assim, a produção, que ocorre em<br />
todos os estados brasileiros, atingiria<br />
a 26,3 milhões de t, acréscimo de 8,2%<br />
em comparação à 2010, quando, pelas<br />
estimativas feitas, ficou em 24,3 milhões<br />
de t. Além de avanço na produtividade,<br />
também voltaria a ocorrer um<br />
leve crescimento de área, para 1,781<br />
milhão de hectares. Como maiores<br />
produtores aparecem os estados do<br />
Pará, com 4,6 milhões de t, do Paraná<br />
(4,4 milhões de t) e da Bahia (3,6 milhões<br />
de t). Os três deverão ter aumentos<br />
de área, quesito no qual o primeiro<br />
lidera com 294 mil ha. Pará e Bahia deverão<br />
ter maior rendimento por hectare,<br />
item em que se destaca o Paraná.<br />
Em 2011, no entanto, registra pequena<br />
redução, de 23 para 22 t/ha, ao mesmo<br />
tempo em que amplia o cultivo, subindo<br />
de 172 mil para 202 mil ha.<br />
A recuperação verificada deve-se à<br />
melhoria de preços da mandioca em<br />
2010, ano de produção menor e que se<br />
refletiu nos derivados: amido (fécula) e<br />
farinha. Calcula-se que, em função das<br />
dificuldades de oferta de matéria-prima,<br />
a fabricação de amido tenha sido<br />
entre 2% e 5% inferior à de 2009, período<br />
até o qual vinha crescendo e chegou<br />
a 583,85 mil t. O Paraná é o principal<br />
produtor, respondendo<br />
(23,8%), de acordo com números da<br />
Associação Brasileira dos Produtores<br />
de Amido de Mandioca (Abam) e do<br />
Centro de Estudos Avançados em Economia<br />
Aplicada da Escola Superior de<br />
Agricultura Luiz de Queiroz, vinculada<br />
à Universidade de São Paulo (Cepea/<br />
Esalq/USP).<br />
Dados da Secretaria de Comércio<br />
Exterior (Secex), por sua vez, revelam<br />
menores exportações de fécula in<br />
natura, que não chegaram a 6 mil t, e<br />
incremento das importações, que passaram<br />
de 11 mil t. Por outro lado, houve<br />
bom resultado na venda externa de<br />
amidos modificados, que alcançaram<br />
os maiores números da década: 36,7<br />
mil t, rendendo US$ 39,4 milhões.<br />
Na remuneração e no desempenho<br />
do setor, interfere e concorre diretamente<br />
o amido de milho, que também<br />
registrou preços elevados no período. O<br />
pesquisador Carlos Estêvão Cardoso, da<br />
Embrapa Mandioca e Fruticultura, de<br />
Cruz das Almas (BA), comenta que o setor<br />
de fécula tem capacidade para duplicar<br />
ou elevar ainda mais a produção,<br />
o que não ocorre especialmente devido<br />
ao embate com o mesmo produto do<br />
milho. Na Bahia, onde integra a Câmara<br />
Setorial do Estado na Cadeia Produtiva<br />
de Mandioca, Cardoso comemora<br />
justamente a entrada nesse segmento<br />
industrial, com a ativação recente de fecularia<br />
no Recôncavo Sul (município de<br />
Laje), com capacidade para processar<br />
200 t por dia, e outra em implantação<br />
no sudoeste (Vitória da Conquista).<br />
Abastecimento (Mapa), na qual enfatiza<br />
duas ações de interesse direto<br />
para a área. Inicialmente, a chamada<br />
Agenda Estratégica, que envolve vários<br />
segmentos e poderá melhorar,<br />
segundo ele, a disponibilidade de<br />
informações mais precisas e rápidas<br />
para tomadas de decisão, bem como<br />
as oportunidades de pesquisa e desenvolvimento<br />
da cadeia. Outra discussão<br />
considerada relevante para<br />
o setor, especialmente no Paraná, é<br />
direcionada à possibilidade de registro<br />
de produtos fitossanitários para<br />
raízes e tubérculos também para a<br />
mandioca.<br />
De modo geral, busca-se valorizála<br />
como alimento e energia. Na alimentação,<br />
entende Cardoso, pode<br />
ocupar espaços na gastronomia fina e<br />
diferenciada, incluindo pão de queijo,<br />
tapioca e beijus. Ressalta, de modo especial,<br />
que o amido feito da raiz pode<br />
ser consumido sem problemas por<br />
celíacos. Quanto à finalidade energética<br />
específica, observa que os debates<br />
estão se iniciando e há potencial,<br />
particularmente, para álcool fino.<br />
Dentro dos esforços para maior<br />
valorização do produto, foi criado<br />
pela Embrapa o Dia da Mandioca,<br />
lembrado em 18 de abril. No evento<br />
alusivo, realizado em 2011 em Cruz<br />
das Almas, destacou-se a mandioca<br />
como Raiz do Brasil – Símbolo maior<br />
da agricultura nacional. O pesquisador<br />
Joselito Mota palestrou<br />
sobre o tema,<br />
Inor Ag. Assmann<br />
por 71%<br />
do total, e o setor de<br />
papel e papelão, o maior consumidor<br />
>> ESTRA-<br />
TÉGICA O pesquisador<br />
da Embrapa Carlos Estêvão Cardoso<br />
participa também da Câmara Setorial<br />
da Mandioca e Derivados no<br />
Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />
acalentando um<br />
sonho em vista da proximidade da<br />
Copa Mundial de Futebol no Brasil:<br />
“Pela importância social, econômica<br />
e cultural, esse produto versátil, exótico<br />
e orgânico poderá se tornar o<br />
maior símbolo nacional em 2014 no<br />
país do futebol”.<br />
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