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História Geral

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3. HUMANISMO<br />

intelectual, e a difusão da atividade crítica humanista são<br />

determinantes na projeção das produções renascentistas.<br />

Rafael Sanzio, A Escola de Atenas. A obra revela aspectos técnicos<br />

inovados pela arte renascentista, como as noções de perspectiva e<br />

profundidade; também revela a admiração do homem moderno aos<br />

grandes pensadores clássicos, ao reproduzir a Escola de Atenas e<br />

varias figuras célebres como Aristóteles, Ptolomeu etc.<br />

Se a renovação renascentista nos séculos finais do<br />

Medievo e início da Modernidade se materializou em<br />

importantes obras artísticas, esse movimento fora<br />

precedido por uma significativa renovação filosóficoteológica<br />

do próprio conhecimento. Chamamos de<br />

Humanismo o amplo movimento iniciado na Itália e<br />

expandido pela Europa, que reconsiderou as perspectivas<br />

de compreensão de Deus, da natureza e do próprio<br />

homem.<br />

Os estudos da Humanidade criticaram o predomínio do<br />

pensamento escolástico, hegemônico desde o século XIII<br />

nos meios universitários e retomou a valorização do<br />

platonismo, com ênfase na experiência sensível<br />

criticando o moralismo e o rigor doutrinário e<br />

institucional dos teólogos católicos.<br />

Propôs ainda a modificação dos programas de estudos,<br />

tentando incluir poesia, filosofia, história, matemática e<br />

eloquência no rígido esquema medieval restrito ao<br />

direito, medicina e teologia. O interesse nos estudos<br />

sobre humanidades conduziu esses pensadores à releitura<br />

dos textos de autores da Antiguidade, como Heródoto,<br />

Platão e Homero, permitiu reinterpretações dos estudos<br />

bíblicos e exaltaram o papel do indivíduo, dos feitos<br />

históricos e da capacidade e vontade da ação humana na<br />

determinação da realidade.<br />

O intercâmbio dessas ideias, a troca de conhecimento e<br />

informações, as publicações a partir dessa renovação<br />

4. PRODUÇÃO LITERÁRIA RENASCENTISTA<br />

Dante Alighieri– A Divina Comédia- síntese do<br />

mundo medieval com severa crítica à suas estruturas<br />

mentais e eclesiásticas; escrito no dialeto toscano,<br />

abrindo precedente à afirmação das línguas nacionais;<br />

forma de escrita inspirada nas epopeias antigas, com a<br />

saga de Dante contada em versos.<br />

Francesco Petrarca – Cancioneiro e De África–<br />

considerado o criador da poesia lírica moderna.<br />

Giovanni Bocaccio –De Cameron – obra<br />

construída no gênero novela, ambientado na crise da<br />

Peste Negra no século XIV, revela a hipocrisia medieval<br />

apesar das imposições religiosas de moral nos costumes.<br />

Erasmo de Roterdã – O Elogio da Loucura – o<br />

escritor holandês usa sua obra para apresentar severa<br />

crítica à Igreja, denunciando especialmente a ganância,<br />

imoralidade e formalismo do clero e o comércio de<br />

relíquias e indulgências;<br />

François Rabelais – Gargântua e Pantagruel – o<br />

autor francês sintetizou diversos gêneros narrativos ao<br />

humor popular e satirizou a Filosofia Escolástica e o<br />

ascetismo católico, elogiando prazeres como a comida,<br />

bebida e o sexo.<br />

Michel de Montaigne – Ensaios – Obra marcado<br />

pelo acentuado caráter cético, abalando profundamente<br />

certos dogmas consolidados da fé católica.<br />

Thomas Morus – Utopia – grande nome da<br />

literatura inglesa, imaginou uma sociedade plena, sem<br />

tensões ou conflitos sociais, considerada ideal. O gênero<br />

inspiraria a obra Nova Atlântida de Francis Bacon,<br />

constituindo se num verdadeiro gênero de criação<br />

literária.<br />

William Shakespeare – escreveu especialmente<br />

textos dramatúrgicos, estimulados pela corte elisabetana<br />

e identificado com a burguesia londrina. Enfatizou em<br />

obras como Romeu e Julieta, MacBeth, Sonhos de Uma<br />

Noite de Verão, Hamlet, Henrique IV, as paixões<br />

humanas, a ordem social contra o caos anárquico e<br />

permearam suas obras de elementos místicos da era<br />

medieval, como bruxas, fantasmas etc.<br />

Miguel de Cervantes - o autor espanhol narra às<br />

aventuras do fidalgo Dom Quixote de La Mancha e seu<br />

fiel escudeiro Sancho Pança, satirizando o feudalismo e<br />

os costumes da cavalaria medieval.<br />

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