História Geral

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entre colônia e metrópole. As colônias do norte
prosperaram, em parte, pelo desinteresse da própria
metrópole que, no século XVII, enfrentava disputas
políticas internas. Com o passar do tempo, os
descendentes dos imigrantes que se estabeleceram na
América foram incrementando seus negócios, formando
uma elite norte-americana, cujos anseios eram diferentes
daqueles estabelecidos pela dominação colonial inglesa.
Por essa razão, a Coroa adotou um controle mais
rigoroso da colônia do século XVIII.
Com a pacificação interna, a Inglaterra começou
a estabelecer maior presença na colônia, para buscar
mercados e também pela necessidade de demonstrar seu
domínio. A partir de 1760, a Revolução Industrial em
território britânico aumentou a produção industrial, o que
consequentemente gerou a necessidade de maiores
vendas ou, em outras palavras, de ampliação do mercado.
A Inglaterra passou a ver sua colônia com outros olhos,
considerando ser ela rica, já ter um mercado interno
próspero e, portanto, ser um mercado promissor para os
seus produtos, além de ser fornecedora de matériasprimas
para as manufaturas e indústrias que
proliferavam. Quando Londres tentou imitar Lisboa e
Madrid, já era tarde demais, e o resultado foi um levante
que deu origem a Independência das Treze Colônias e a
formação dos Estados Unidos da América.
2. SISTEMA ADMINISTRATIVO
A maneira como se processou a colonização, resultante
muito mais da ação de particulares que empreenderam o
movimento colonizador, sendo mínima a interferência do
Estado, contribuiu para a montagem da máquina políticoadministrativa
mais simples do que a organização nas
áreas coloniais ibéricas da América. Na América
Colonial inglesa todas as colônias possuíam suas
próprias autoridades, que funcionavam independentes
uma das outras e teoricamente subordinadas diretamente
à metrópole.
Durante o período colonial três tipos de colônias se
constituíram:
As colônias de companhias de comércio, cujos
habitantes possuíam seus direitos assegurados por uma
carta real; geralmente atribuíam aos colonos o direito de
escolher seus funcionários e demais autoridades
coloniais; conhecidas também como colônias
corporativas foram das primeiras a ser fundadas: Virginia
e Massachusetts.
As colônias de proprietários eram aquelas dadas
em concessão a um indivíduo da nobreza ou da burguesia
que, hereditariamente, assumia todos os direitos sobre o
território doado e, livre de qualquer taxação,
comprometia-se a organizar a colonização; oito colônias
foram fundadas por proprietários: Maryland, New
Hampshire, Nova Jérsei, Carolina do Norte, Carolina do
Sul, Pensilvânia, Nova Iorque e Geórgia.
“As colônias régias, também chamadas de colônias da
Coroa, foram aquelas em que o rei assumiu o encargo de
prosseguir o processo colonizador por desistência dos
primeiros concessionários: o proprietário ou a companhia
do comercio. A primeira colônia desse tipo foi Virginia.
No século XVII e boa parte do século XVIII constituíram
o tipo menos comum das Treze Colônias. As mudanças
ocorridas na Inglaterra, com a implantação do
parlamentarismo e o aceleramento do avanço do
capitalismo implicaram nova política metropolitana para
as colônias: as colônias da coroa passaram a constituir a
maioria, com exceção de Maryland, Delaware,
Connecticut e Rhode Island.
Em cada colônia havia um governador, que era
nomeado nas colônias da Coroa e nas de proprietários.
Representante dos interesses metropolitanos dispunha de
poderes amplos, inclusive o de vetar leis votadas pelas
assembleias locais. Nas colônias das companhias de
comercio, o governador era eleito pelos próprios colonos,
geralmente com mandato de um ano e sem dispor do
direito de veto. Cada colônia dispunha de um conselho
ou câmara alta, cujos integrantes eram nomeados dentre