História Geral

ligados à alta burguesia eram temerosos de uma
radicalização semelhante à da segunda fase da Revolução
Francesa e se esforçaram em ter um representante de
seus interesses instalado no poder.
2. O GOVERNO DE LUIS FELIPE DE
ORLEANS
daquele governo com os patrões; assim, sublevações de
ordem operária começavam a surgir no país, sempre
duramente reprimidas pelas forças do governo.
Essa onda de descontentamentos e agravamento das
desigualdades alcançou no seu ápice, na década de 1840,
quando em 1847, a França, como outras regiões da
Europa, foi duramente atingida por um grave crise
agrícola. Essa crise resultou no aumento do desemprego
e subconsumo, que estimularam novos levantes e
mobilizações contra o governo.
Grupos de oposição ao governo, especialmente na
pequena burguesia, forjou lideranças liberais (Ledru
Rolin) e populares (Louis Blanc), para coordenar
mudanças na ordem política. Os encontros eram
realizados em banquetes, que a partir de fevereiro de
1848, foram proibidos pelo ministro Guizot, acusados de
serem encontros subversivos.
2. REVOLUÇÃO DE 1848
Também chamado de “o Rei Burguês”, Luís Felipe de
Orleans reinou sobre a Franca entre 1830 e 1848, na
chamada Monarquia de Julho; esforçou-se pelo
desenvolvimento industrial do país, beneficiando
especialmente os industriais e a classe dos banqueiros,
mas assegurando a ordem liberal.
O governo do Rei Burguês ficou caracterizado pelo
fortalecimento do poder legislativo, pela retomada da
liberdade de imprensa, ampliação do eleitorado a partir
da redução do censo; também buscou-se combater a crise
econômica, direcionando investimentos promovidos pelo
governo ao setor industrial. Assim, a alta burguesia
francesa tornou-se a classe mais beneficiada pelo
governo de Luís Felipe, detendo o controle de ferrovias,
bancos, minas de carvão e ferro etc.
Enquanto a indústria francesa se modernizava, crescia
em número e importância política a classe operária.
Destituída de direitos essenciais e submetida a condições
drásticas de exploração, essa classe não encontrava no
Estado uma representatividade, dado o compromisso
Tal qual aconteceu em 1830, a repressão aos banquetes
ativou a mobilização nas ruas de Paris, retomando as
barricadas e protestos ao ministro Guizot e ao governo de
Luís Felipe de Orleans. A Guarda Nacional, chamada a
conter as movimentações da pequena burguesia e do
proletariado, aderiu ao movimento, o que dificultou a
resistência do governo e levou à abdicação do monarca a
24 de fevereiro de 1848. Esse movimento se destaca por
ter inspiração socialista – não coincidentemente é o ano
da publicação de O Manifesto Comunista – como
também por apresentar a classe operária em sua potência
capacidade transformadora.
Logo após a vitória do movimento, foi instalado um
governo provisório de colaboração entre liberais e
socialistas, que fundaram a Segunda República
Francesa. O novo governo assegurou a anistia aos presos
políticos, como criou as Oficinas Nacionais, destinadas
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