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História Geral

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considerada como fator de estímulo do Estado<br />

português ao seu pioneirismo nas grandes viagens.<br />

ORIGENS DO ESTADO PORTUGUÊS E A<br />

REVOLUÇÃO DE AVIS<br />

O astrolábio, instrumento astronômico inventado na Antiguidade pelos gregos e<br />

difundido pelos árabes durante a Idade Média, foi aperfeiçoado pelos astrônomos<br />

da “Escola de Sagres”. Esta, na verdade, nunca existiu como um centro de<br />

estudos ou um observatório astronômico localizado no sul de Portugal. Ao<br />

contrario do que muitos pensam na atualidade, essa escola não existiu no sentido<br />

físico. Na realidade, tratava-se de um grupo de pessoas ligadas à arte náutica que<br />

desenvolvia um pensamento em comum, sob a liderança, inicialmente, do infante<br />

D. Henrique, filho de D. João I, primeiro rei da dinastia de Avis. O astrolábio era<br />

o principal instrumento utilizado pelos navegadores para determinar a latitude.<br />

Ressalte-se que ele não funcionava muito bem com os navios em movimento,<br />

provocando erros de até 5º na medição da latitude.<br />

<br />

<br />

<br />

Disponibilidade de capitais, investidos seja pelo<br />

Estado Português, como os fundos monetários da<br />

Ordem de Cristo, ou de mercadores estrangeiros,<br />

como genoveses, ingleses e flamengos instalados em<br />

Portugal e que incialmente apostaram no<br />

empreendimento. Ao longo do século XV, a própria<br />

burguesia lusitana, garantiu o autofinanciamento das<br />

grandes viagens, graças aos lucros auferidos do<br />

intenso comércio praticado no norte e costa atlântica<br />

africana, o que garantiria a própria longevidade das<br />

viagens portuguesas.<br />

A plena centralização política concluída no Reino<br />

de Portugal, que garantiu a aquele Estado vantagem<br />

na capacidade organizacional de um<br />

empreendimento daquela natureza; ainda mais<br />

quando os interesses políticos do Estado<br />

convergiram aos interesses mercantis da classe<br />

burguesa após a Revolução de Avis, com a ascensão<br />

de D. Joao I.<br />

A solução do conflito interno, a completa expulsão<br />

de mouros de seu território e a ausência de<br />

enfrentamentos externos também deve ser<br />

O território que viria a constituir-se em Nação<br />

Portuguesa pertenceu originalmente ao que desde a<br />

Antiguidade se considerava a Lusitânia, antiga província<br />

romana, habitada por iberos e celtas, e que já a essa<br />

altura chamou se de Portus Cale, à sua vila original,<br />

próximo ao Rio Douro.<br />

Na Idade Média, com o esfacelamento do domínio<br />

romano, a região se tornaria alvo da dominação dos<br />

visigodos e, a partir do século VIII, incorporado como<br />

boa parte da Península Ibérica ao domínio muçulmano,<br />

na agora Andaluzia.<br />

As origens do Reino Português, entretanto, remontam às<br />

Guerras de Reconquista, iniciadas no século XI e<br />

estendidas até o século XV e que envolveu pequenos<br />

reinos católicos das Astúrias, ora isoladamente ou em<br />

conjunto, no esforço de expulsão dos muçulmanos da<br />

região.<br />

Como desdobramento desses conflitos, o nobre francês<br />

Henrique de Borgonha prestou serviços militares ao Rei<br />

Afonso I de Leão, aos quais seria recompensado com o<br />

recebimento do Condado de Portucalense, entre o Minho<br />

e o Douro, além da concessão da mão da filha do<br />

monarca em casamento ao nobre. Em 1143, o herdeiro<br />

Afonso Henrique de Borgonha seria responsável pelo<br />

enfrentamento contra o reino do próprio avô,<br />

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