07.07.2015 Views

História Geral

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

No início do século XX duas formas de organização de<br />

produção industrial provocaram mudanças significativas<br />

no ambiente fabril: o taylorismo e o fordismo. Esses dois<br />

sistemas visavam à racionalização extrema da produção<br />

e, consequentemente, à maximização da produção e do<br />

lucro.<br />

O engenheiro mecânico americano Frederick Winslow<br />

Taylor (1856 – 1915), propunha um método de separação<br />

entre o trabalho intelectual e o trabalho braçal, visando<br />

evitar a morosidade no trabalho fabril. De acordo com o<br />

taylorismo, o funcionário deveria apenas exercer sua<br />

função/tarefa em um menor tempo possível durante o<br />

processo produtivo, não havendo necessidade de<br />

conhecimento da forma como se chegava ao resultado<br />

final.<br />

Sendo assim, o taylorismo aperfeiçoou o processo de<br />

divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento<br />

do processo produtivo era de responsabilidade única do<br />

gerente, que também fiscalizava o tempo destinado a<br />

cada etapa da produção. Outra característica foi a<br />

padronização e a realização de atividades simples e<br />

repetitivas.<br />

No início do século XX, outro engenheiro estadunidense<br />

chamado Henry Ford (1863 – 1947), desenvolveu o<br />

sistema de organização do trabalho industrial<br />

denominado fordismo. Buscando aprimorar o taylorismo,<br />

apresentou como principal característica a introdução das<br />

linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um<br />

determinado local realizando uma tarefa específica,<br />

enquanto o automóvel (produto fabricado) se deslocava<br />

pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com<br />

isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho.<br />

O funcionário da fábrica se especializava em apenas uma<br />

etapa do processo produtivo e repetia a mesma atividade<br />

durante toda a jornada de trabalho, fato que provocava<br />

uma alienação física e psicológica nos operários, que não<br />

tinham noção do processo produtivo do automóvel. Essa<br />

racionalização da produção proporcionou a redução dos<br />

custos com a produção, permitiu relativo aumento dos<br />

salários, de modo que os trabalhadores pudessem<br />

adquiri-lo, gerando a popularização do automóvel.<br />

Tanto o taylorismo quanto o fordismo tinham como<br />

objetivos a ampliação da produção em um menor espaço<br />

de tempo e dos lucros dos detentores dos meios de<br />

produção através da exploração da força de trabalho dos<br />

operários. O sucesso desses dois modelos fez com que<br />

várias empresas adotassem as técnicas desenvolvidas por<br />

Taylor e Ford, sendo utilizadas até os dias atuais por<br />

algumas indústrias.<br />

Na segunda metade do século XX, um novo processo de<br />

otimização da produção foi apresentado, criticando o<br />

fordismo e visando propor o fim dos estoques e da<br />

padronização, assegurando ainda maiores lucros. Tratase<br />

do Toyotismo, modo de produção caracterizado pela<br />

produção de acordo com a demanda.<br />

Esse modelo industrial foi aplicado inicialmente no<br />

Japão em virtude das limitações territoriais existentes<br />

nesse país, que é extremamente dependente da<br />

importação de matérias-primas e dispõe de pouco espaço<br />

para armazenar os seus produtos.<br />

O Toyotismo é caracterizado por romper com o padrão<br />

fordista de produção em massa, que se destacava pela<br />

estocagem máxima de matérias-primas e de produtos<br />

maquinofaturados. Com esse novo modo de produção, a<br />

fabricação passou a não prezar mais pela quantidade,<br />

mas pela eficiência: produz-se dentro dos padrões para<br />

atender ao mercado consumidor, ou seja, a produção<br />

varia de acordo com a demanda.<br />

Com isso, foi implantado o sistema just-in-time (em<br />

tradução literal: “em cima da hora”). Nesse sistema, a<br />

importação das matérias-primas e a fabricação do<br />

produto acontecem de forma combinada com os pedidos<br />

dos consumidores, com prazo de entrega a ser cumprido.<br />

Dessa forma, a oferta de produtos nunca será maior do<br />

que a demanda, o que acarreta na diminuição dos<br />

produtos em estoque e dos riscos da queda de lucros dos<br />

investidores.<br />

À medida que a implantação do sistema toyotista foi se<br />

ampliando no mundo do mercado industrial, mais notória<br />

foi a desregulamentação das condições e dos direitos<br />

295

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!