Tese de mestrado.pdf - Ubi Thesis
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50% dos pacientes amputados. Esta entida<strong>de</strong> patogénica é portanto mais importante napersistência e evolução do que no aparecimento das úlceras do pé dos diabéticos(An<strong>de</strong>rsen & Roukis, 2007; Ulbrecht et al., 2004).A infecção e/ou ulceração do pé acarreta a necessida<strong>de</strong> do aumento do aporte <strong>de</strong>sangue para os tecidos lesados. Na presença <strong>de</strong> doença arterial periférica po<strong>de</strong> existiruma impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r a essa <strong>de</strong>manda (quer por isquémia quer porincapacida<strong>de</strong> dos vasos se dilatarem), causando então mais lesão tecidular e progressãoda infecção. Assim, a sua presença piora o prognóstico <strong>de</strong>stes doentes, aumentando orisco <strong>de</strong> amputação. Logo, é <strong>de</strong> extrema importância proce<strong>de</strong>r à i<strong>de</strong>ntificação etratamento da doença arterial periférica coexistente (An<strong>de</strong>rsen & Roukis, 2007; Cayado,1999; Ulbrecht et al., 2004).Po<strong>de</strong>-se então afirmar que a doença vascular é frequente nos diabéticos, mas ela,normalmente, só se torna ameaçadora para o membro após o aparecimento <strong>de</strong> uma lesãoda pele (Ulbrecht et al., 2004).A perfusão a<strong>de</strong>quada dos tecidos é fundamental para a correcta cicatrização dasúlceras. Assim, <strong>de</strong>ve-se suspeitar <strong>de</strong> insuficiência arterial sempre que uma úlcera nãocicatrize, situação que po<strong>de</strong> ocorrer também nos pacientes com úlcera infectada(An<strong>de</strong>rsen & Roukis, 2007; Armstrong & Lavery, 1998).A avaliação da circulação periférica nos diabéticos inclui a <strong>de</strong>terminação dospulsos pediosos, tibiais posteriores e poplíteos. A presença <strong>de</strong> pulsos facilmentepalpáveis, quase sempre indica um bom aporte sanguíneo (Bowering, 2001; Revilla etal., 2007; Ulbrecht et al., 2004). Um achado clássico da doença arterial diabéticaconsiste na ausência <strong>de</strong> pulsos pediosos, perante pulsos poplíteos palpáveis e <strong>de</strong>ntro da47