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Tese de mestrado.pdf - Ubi Thesis

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A osteomielite do pé diabético ocorre maioritariamente por contiguida<strong>de</strong> comoresultado da penetração em profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma infecção dos tecidos moles. Verificasea sua presença em 10 a 20% das infecções do pé diabético classificadas como ligeirasou mo<strong>de</strong>radas e em 50 a 60% daquelas consi<strong>de</strong>radas severas (Gómez et al., 2007).A exploração da úlcera com um estilete (probing) <strong>de</strong>ve ser sempre efectuada econsiste numa manobra extremamente útil e prática <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> infecção profundae <strong>de</strong> osteomielite. Se o osso adjacente à úlcera po<strong>de</strong> ser tocado directamente, semqualquer tecido interposto, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> osteomielite é <strong>de</strong> 89% e afasta anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros exames para o seu diagnóstico. Num estudo efectuado a pacientescom infecções ameaçadoras do membro, este teste teve um valor preditivo positivo <strong>de</strong>89% e um valor preditivo negativo <strong>de</strong> 56% (An<strong>de</strong>rsen & Roukis, 2007).Outros exames imagiológicos com utilida<strong>de</strong> para o diagnóstico <strong>de</strong> osteomieliteconsistem na radiografia simples, na cintigrafia óssea, na ecografia <strong>de</strong> alta resolução, natomografia por emissão <strong>de</strong> positrões e na ressonância magnética. De acordo comdiversos estudos, esta última consiste na melhor técnica diagnóstica, alcançando umasensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 90% e especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 80% (Gómez et al., 2007).As três alterações típicas da osteomielite que se <strong>de</strong>tectam na radiografia simples -<strong>de</strong>smineralização, reacção perióstea e <strong>de</strong>struição óssea - aparecem quando já se per<strong>de</strong>uentre 30 a 50% do osso, o que ocorre apenas cerca <strong>de</strong> duas a três semanas após o inícioda infecção óssea e portanto este exame po<strong>de</strong> ser negativo na altura da sua realização.Além disso, estas alterações po<strong>de</strong>m coexistir na neuroartropatia <strong>de</strong> Charcot (Gómez etal., 2007). A radiografia <strong>de</strong>ve ser realizada logo na fase inicial da prestação <strong>de</strong> cuidados,<strong>de</strong> forma a servir <strong>de</strong> referência à monitorização <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>struição progressiva doosso. Deve-se efectuar sempre em ambos os pés, com o contralateral não afectado54

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