14.06.2017 Views

Biblia - A Mensagem

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

JÓ RESPONDE A ELIFAZ<br />

DEUS DESPEJOU TUDO EM CIMA DE MIM<br />

1-7 Jó respondeu: “Se minha aflição pudesse ser pesada, se pudesse empilhar toda carga de<br />

amargura, Seria mais pesada que toda a areia do mar! Não é de espantar que eu esteja<br />

berrando como um animal que vai para o abate! As flechas do Todo-poderoso estão cravadas<br />

em mim e tive de suportar todo veneno. Ele despejou tudo em cima de mim. Jumentos zurram<br />

e vacas mugem quando ficam sem pastagem, por isso não espere que eu fique quieto. Você<br />

vê o que Deus fez comigo? O sofrimento é tanto que não consigo comer nada. Perdi o apetite,<br />

meu estômago está embrulhado, sinto-me totalmente rejeitado”.<br />

ALÉM DOS MEUS LIMITES<br />

8-13 “Tudo que desejo é resposta a uma oração, um último pedido a ser honrado: Se ao menos<br />

Deus me esmagasse e acabasse comigo de vez, Teria, ao menos, a satisfação de não<br />

blasfemar contra o Deus Santo, antes que além dos meus limites eu seja levado. Onde está a<br />

força para manter viva a minha esperança? Que futuro tenho, que me faça querer continuar?<br />

Acha que sou resistente como pedra? Acha que sou de ferro? Acha que posso me erguer por<br />

mim mesmo? Ah! Não me restou força nenhuma”.<br />

MEUS “AMIGOS”<br />

14-23 “Alguém desesperado pelos amigos deveria ser amparado, mesmo que desistisse de confiar<br />

no Todo-poderoso, Mas meus irmãos são como ribeiros no deserto: num dia, estão cheios de<br />

água Do gelo e da neve derretidos que desceram das montanhas. Mas no meio do verão<br />

estão secos, apenas uma cratera ressecada pelo sol. Os viajantes o avistam e saem de sua<br />

rota, pensando que vão matar a sede, mas só encontram um buraco sem água e morrem de<br />

garganta seca. As caravanas dos mercadores de Temã esperam achar água, os turistas de<br />

Sebá anseiam por uma bebida fresca. Eles se aproximam esperançosos — mas que<br />

decepção! Quando chegam, dão de cara com a terra seca! E vocês, meus “amigos”, não são<br />

melhores — vocês não ajudaram em nada! Vocês veem a minha situação e só o que fazem é<br />

se encolher de medo. Não que eu tivesse pedido algo — não pedi nem mesmo um tostão<br />

furado, Nem implorei que fizessem algum sacrifício por minha causa. Então, por que tantos<br />

sofismas e palavras evasivas?<br />

24-27 “Mostrem-me algo incontestável, e me calarei; se tanto sabem, digam-me onde errei. A<br />

verdade pode doer, mas vocês têm coragem de dar uma de santo pra cima de mim? Vocês<br />

apontam o que há de errado em minha vida, mas respondem à minha angústia com conversa<br />

fiada. São as pessoas meros objetos para vocês? São os amigos como mercadorias?”<br />

28-30 “Olhem-me nos olhos! Por que eu mentiria a vocês? Não sejam injustos — agora sem<br />

palavras dúbias, pensem com cuidado — minha integridade está em jogo! Conseguem<br />

detectar falsidade no que digo? Não acham que sou capaz de discernir o bem do mal?”<br />

MINHA VIDA NÃO VALE NADA<br />

7: 1-6 “A vida não é uma luta? Não é como estar debaixo de uma escravidão dura? Como os<br />

trabalhadores do campo que esperam ansiosos o fim do dia, como os que não têm nada a<br />

esperar senão o dia do pagamento, Estou entregue a uma vida que vagueia e não chega a<br />

lugar nenhum — meses de engano, noites de aflição e desgraça! Vou para a cama e penso:<br />

‘Quanto tempo até a hora de levantar?’ E eu me debato na cama a noite toda — não aguento<br />

mais! Meu corpo está coberto de vermes e cascas de feridas, minha pele, escamosa e dura, o<br />

pus não para de vazar. Meus dias passam mais rápido que as mãos do mais hábil tecelão,<br />

prosseguem até o fim — sem esperança!<br />

7-10 “Deus, não esqueça que sou apenas um sopro! Estes olhos viram pela última vez a bondade.<br />

E vocês já viram meu fim; continuem olhando, mas não restará nada para ver. Como uma<br />

nuvem evapora e para sempre desaparece, os que vão para a sepultura jamais retornam.<br />

Para a família jamais irão voltar; os amigos, nunca mais irão encontrar.<br />

11-16 “E, assim, não vou ficar calado, vou dizer em alto e bom som; minha queixa contra o céu é<br />

muito amarga, mas honesta. Querem pôr em mim uma mordaça, como quem deseja que<br />

simplesmente a tempestade pare e o mar se acalme. Quando penso: ‘Vou para a cama, e<br />

quem sabe, eu melhore. Ou um cochilo me fará bem’, Surgem pesadelos para me assustar e<br />

visões de apavorar! Preferiria ser enforcado e morrer a continuar desse jeito viver. Eu<br />

desprezo esta vida! Quem precisa disso? Deixem-me sozinho! Minha vida não vale nada —<br />

não passa de fumaça.<br />

17-21 “O que são os mortais, para que te importes com eles e gastes com eles parte do teu dia?<br />

Para que venhas, toda manhã, saber como estão? Nunca deixarás de olhar para mim? Não<br />

me deixarás só, nem para que eu respire? Mesmo tendo pecado, como isso pode ferir-te, se<br />

és maior que tudo, responsável por todos os homens? Por que me tornei o teu mais<br />

importante alvo? Por que simplesmente não perdoas meus pecados e começas do zero<br />

comigo? Do modo que as coisas vão, logo estarei morto. Olharás para cima e para baixo, mas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!