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Biblia - A Mensagem

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na cidade que me viu crescer — e basta alguém aqui olhar para mim para confirmar — sabe que<br />

vivi como fariseu zeloso, nosso grupo religioso mais exigente. E é por ter vivido e levado a<br />

religião a sério, comprometido de coração e alma com o que Deus prometeu aos meus<br />

antepassados — a mesma esperança que as doze tribos têm aguardado noite e dia todos estes<br />

séculos e a que tenho me apegado, essa esperança testada e aprovada —, que fui acusado<br />

pelos judeus. Eles deveriam estar sendo julgados, não eu! Pela minha vida, não consigo<br />

entender por que seria crime acreditar que Deus ressuscita os mortos.<br />

9-11 “Admito que nem sempre tive esta convicção. Por um tempo, pensei que era minha obrigação<br />

opor-me a esse Jesus de Nazaré com todas as minhas forças. Apoiado pela autoridade dos<br />

principais sacerdotes, a torto e a direito, lancei cristãos — sem saber que eram gente de Deus!<br />

— na cadeia de Jerusalém e, sempre que havia uma decisão por voto, eu votava a favor da<br />

execução deles. Eu invadia as sinagogas, obrigando-os a blasfemar contra Jesus. Eu era um<br />

terror, obcecado em destruir esse povo. Depois, comecei a fazer a mesma coisa nas cidades ao<br />

redor de Jerusalém.<br />

12-14 “Um dia, no caminho para Damasco, munido de documentos dos principais sacerdotes, que me<br />

autorizavam a agir, bem na metade do dia um brilho, uma luz mais brilhante que o sol veio do<br />

céu sobre mim e sobre meus companheiros. Ó rei, o brilho era inacreditável! Todos nós caímos<br />

por terra. Então, ouvi uma voz em hebraico: ‘Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo?<br />

Por que insiste em ir contra o aguilhão?’.<br />

15-16 “Eu disse: ‘Quem és, Senhor?’. “A voz respondeu: ‘Eu sou Jesus, aquele que você persegue.<br />

Mas agora levante-se! Tenho uma missão para você. Eu o escolhi a dedo para ser um servo e<br />

testemunha do que aconteceu hoje e para o que vou mostrar.<br />

17-18 “‘Eu o envio para abrir os olhos dos que não me conhecem; assim, eles verão a diferença entre a<br />

luz e a escuridão e poderão escolher a luz; verão a diferença entre Deus e Satanás e poderão<br />

escolher a Deus. Eu o envio para apresentar minha oferta de perdão dos pecados e de um lugar<br />

na família da fé. Você irá convidá-los a fazer companhia aos que vivem de verdade porque<br />

creem em mim.<br />

19-20 “O que eu poderia fazer, rei Agripa? Eu não poderia simplesmente fugir de uma visão como<br />

aquela! Passei a crer e a ser obediente na hora e comecei a pregar, lá mesmo, em Damasco,<br />

uma mudança de vida radical para Deus e tudo o que ela significa na vida diária. Depois, fui para<br />

Jerusalém e para outras partes da nossa terra e de lá para o mundo inteiro.<br />

21-23 “É porque falo ao ‘mundo inteiro’, que os judeus me agarraram no templo naquele dia e tentaram<br />

me matar. Eles querem guardar Deus só para eles. Mas Deus esteve ao meu lado, como havia<br />

prometido, e digo agora o que tenho dito a todos: tudo que estou dizendo está de acordo com o<br />

que os profetas e Moisés disseram. Primeiro, o Messias deveria morrer; em seguida, iria<br />

ressuscitar. Ele seria o primeiro raio da brilhante luz matinal de Deus sobre as pessoas que<br />

estão perto e as que estão longe, tanto os que vivem na prática do mal quanto os que têm temor<br />

de Deus”.<br />

24 Festo não se conteve e interrompeu o discurso com um grito: “Paulo, você está louco! Você leu<br />

demais, passou tempo divagando demais! Volte para o mundo real!”.<br />

25-27 Mas Paulo ficou firme: “Com todo respeito, Vossa Excelência, não estou louco. Tenho plena<br />

consciência do que digo. O rei sabe do que estou falando. Estou certo de que nada do que eu<br />

disse parece loucura para ele. Ele sabe de tudo isso há muito tempo. O senhor precisa entender<br />

que isso não foi feito às ocultas. O senhor acredita nos profetas, não acredita, rei Agripa? Não<br />

precisa responder, sei que acredita”.<br />

28 Mas Agripa respondeu: “Um pouco mais, e você vai fazer de mim um cristão”.<br />

29 Paulo, ainda algemado, disse: “É por isso que tenho orado, para que, agora ou mais tarde, não<br />

apenas o senhor, mas todos os que me ouvem aqui, se tornem como eu — exceto, é claro, por<br />

estas algemas!”.<br />

30-31 O rei, o governador, Berenice e seus conselheiros levantaram-se e foram para a sala ao lado<br />

discutir a respeito do que ouviram. Todos concordaram quanto à inocência de Paulo, dizendo:<br />

“Não há nada nesse homem que mereça a prisão, muito menos a morte”.<br />

32 Agripa disse a Festo: “Ele poderia ser liberto agora mesmo se não tivesse requisitado uma<br />

audiência perante César”.<br />

TEMPESTADE NO MAR<br />

27: 1-2 Assim que os preparativos para nossa viagem à Itália ficaram prontos, Paulo e outros<br />

prisioneiros ficaram sob supervisão de um centurião chamado Júlio, membro de uma tropa de<br />

elite. Embarcamos num navio de Adramítio que ia para Éfeso e para os portos do Ocidente.<br />

Aristarco, macedônio de Tessalônica, foi conosco.<br />

3 No dia seguinte, fizemos uma escala em Sidom. Júlio tratou Paulo muito bem. Permitiu que ele<br />

desembarcasse e desfrutasse a hospitalidade dos amigos daquela cidade.<br />

4-8 De volta ao mar, navegamos para o norte, sob a proteção da costa nordeste de Chipre, porque

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