F&N #201

FIGURA DO MÊS
Foto: Márcia Ferrandez
de pensar, temos de montar um
plano de trabalho e, acima de tudo,
devo também realçar que o talento
joga papel muito grande. Se alguém
não sabe desenhar, não entende de
moda, não tem um estudo feito sobre
a matéria, fica complicado navegar
nesta arte.
É isso de que o mercado angolano
precisa neste momento. Cada
criador deve parar e pensar no que
vai fazer de diferente, o que vai mostrar,
visto que é aí onde as coisas não
encaixam bem. Contudo, está-se a
trabalhar e devem-se dar os parabéns
às pessoas com vontade e motivação
de fazer mais e melhor.
“
Desde muito cedo
que cultivo uma paixão por
moda. Gostava de refazer
as minhas roupas, e a paixão
foi aumentando mais
e mais quando me tornei
bailarina, porque fazíamos
as próprias roupas para os
shows, e era com todo prazer.
O meu pai ofereceu-me
uma máquina de costura
industrial, motivou-me
muito, razão pela qual em
2016 decidi fazer a minha
marca, e fazer aquilo que
gosto, moda. Entrei para
fazer a diferença
“
F&N - O que se produz no país,
em termos de moda, tem a qualidade
necessária e desejada para
competir no mercado internacional?
M&F -Tem sim. Temos actualmente
criadores que são bastante
apreciados fora do país. Com mais
trabalho e mais investimentos podemos
subir mais alto.
F&N - Até que ponto a falta de
uma escola de formação tem prejudicado
o vosso trabalho?
Figuras&Negócios - Nº 201 - JUNHO 2019 27