F&N #201
F&N #201
F&N #201
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
SOCIEDADE<br />
Trata-se de Luísa Rogério<br />
que junta-se a um<br />
grupo muito restrito de<br />
jornalistas (15) que, à<br />
escala mundial, estabelece<br />
e implementa, permanentemente,<br />
todas as estratégias<br />
relacionadas com a promoção da liberdade<br />
de imprensa, direitos humanos,<br />
direitos trabalhistas, democracia,<br />
combate à corrupção e à pobreza.<br />
Angola marca assim o seu espaço<br />
através de uma profissional que ao<br />
longo da sua carreira tem revelado<br />
excelentes predicados de natureza<br />
ética e moral. Dela, a classe jornalística<br />
pode esperar mais trabalho e uma<br />
boa representatividade na organização<br />
mundial que representa mais de<br />
500.000 jornalistas de cerca de 100<br />
países.<br />
É já conhecida a intensa trajectória<br />
de Luísa Rogério no movimento<br />
sindical angolano, especialmente no<br />
quadro da existência do Sindicato<br />
dos Jornalistas Angolanos (SJA), cuja<br />
direcção actual fez questão de homenageá-la<br />
publicamente, por ocasião de<br />
uma conquista que a todos angolanos<br />
deve orgulhar, inclusive ao próprio<br />
Presidente da República que, note-se,<br />
de imediato publicou uma mensagem<br />
na sua conta pessoal do Twitter, desejando<br />
êxitos nas novas funções da<br />
jornalista.<br />
Aliás, a eleição teve uma particularidade<br />
notável: é que é a primeira<br />
vez que um jornalista angolano integra<br />
a Comissão Executiva da FIJ, como<br />
titular. De acordo com uma nota de<br />
imprensa do Sindicato dos Jornalistas<br />
Angolanos, divulgada a propósito,<br />
"além de Angola, outros dois países de<br />
expressão portuguesa, Brasil e Portugal,<br />
elegeram igualmente representantes,<br />
sendo outro facto inédito na história<br />
da organização, fundada em 1906".<br />
"O Congresso de Túnis ficará também<br />
na história por assistir pela primeira<br />
vez a chegada de um africano<br />
ao cargo de presidente da FIJ, o marroquino<br />
Younes Mjahed, que durante<br />
longos anos exerceu a função de vice-<br />
-presidente da associação", revelou o<br />
comunicado do SJA.<br />
O QUE É A FIJ? - A Federação Internacional<br />
de Jornalistas (FIJ ou IFJ,<br />
na sigla em inglês) é uma federação<br />
mundial de sindicatos de jornalistas<br />
- actualmente, a maior do mundo. Foi<br />
fundada em 1926 e relançada duas<br />
vezes: em 1946 e 1952.<br />
“<br />
É já conhecida a intensa<br />
trajectória de Luísa Rogério<br />
no movimento sindical<br />
angolano, especialmente<br />
no quadro da existência<br />
do Sindicato dos Jornalistas<br />
Angolanos (SJA), cuja direcção<br />
fez questão de homenageá-la<br />
publicamente, por<br />
ocasião de uma conquista<br />
que a todos angolanos deve<br />
orgulhar, inclusive ao próprio<br />
Presidente da República<br />
que, note-se, de imediato<br />
publicou uma mensagem na<br />
sua conta pessoal do Twiter,<br />
desejando êxitos nas novas<br />
funções da jornalista<br />
“<br />
De acordo com a Wikipédia, na<br />
época da Guerra Fria (1945-1989),<br />
a FIJ era a entidade que defendia os<br />
interesses dos jornalistas de países<br />
capitalistas, contra a Organização<br />
Internacional dos Jornalistas, que<br />
abrigava os sindicatos de países socialistas.<br />
Com sede em Bruxelas,<br />
na Bélgica, a FIJ alega "não aderir a<br />
nenhum ponto de vista político específico"<br />
mas também declara ser "a<br />
organização que dá voz aos jornalistas".<br />
Faz-se notar que a adesão plena<br />
à FIJ é aberta apenas a sindicatos de<br />
jornalistas, mas outras entidades<br />
ligadas a jornalistas ou à liberdade<br />
de imprensa podem ser admitidas<br />
como membros associados.<br />
Importa salientar que, desde<br />
1994, a FIJ publica um relatório<br />
anual que documenta casos de assassinatos<br />
de jornalistas e funcionários<br />
de veículos de mídia. A entidade,<br />
revela-se no website, "usa a informação<br />
para fazer campanha por maior<br />
segurança para jornalistas, particularmente<br />
repórteres locais e freelancers,<br />
e equipas de apoio que carecem<br />
de recursos para se protegerem em<br />
zonas de conflito".<br />
Figuras&Negócios - Nº 201 - JUNHO 2019 31