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Práticas Corporais - Volume 3 - Ministério do Esporte

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As práticas corporais em foco: a análise da experiência em questão 195<br />

descontração, o qual possibilitou uma exploração e uma ampliação <strong>do</strong> repertório<br />

de movimentos.<br />

Este repertório foi e é fundamental no processo de re-significação de<br />

práticas corporais. Seu processo de ampliação foi possibilitan<strong>do</strong> novas experiências<br />

a partir <strong>do</strong> movimento, novas percepções corporais, amplian<strong>do</strong> o horizonte<br />

de conhecimentos acerca de si mesmo, das pessoas e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que nos<br />

cerca.<br />

Sabemos que esta ampliação <strong>do</strong> repertório de movimentos pode desencadear<br />

uma sucessão de vivências de forma superficial, na qual os indivíduos<br />

passam a reagir por estímulos como meros especta<strong>do</strong>res. Nosso cuida<strong>do</strong>, porém,<br />

foi de construir um processo de experiências vividas em toda sua extensão<br />

e profundidade, experiências que se caracterizassem pela reflexão e compartilhamento,<br />

permitin<strong>do</strong> perceber a densidade <strong>do</strong> presente.<br />

O repertório de movimentos traz consigo novas linguagens corporais,<br />

polissêmicas – como já nos reportamos anteriormente – decorrentes <strong>do</strong> ambiente,<br />

natural e social, que lhes confere inúmeros significa<strong>do</strong>s. O ambiente,<br />

mesmo, também vai sen<strong>do</strong> reconstruí<strong>do</strong> a partir da experiência e por meio <strong>do</strong><br />

compartilhamento, assumin<strong>do</strong> novos senti<strong>do</strong>s.<br />

Estes aspectos foram nos ajudan<strong>do</strong> a balizar o processo pedagógico a<br />

ser desenvolvi<strong>do</strong>, construí<strong>do</strong>, também, pela crítica feita pelos participantes da<br />

pesquisa aos programas tradicionais de atividades. Seus comentários destacavam<br />

a ausência de interação e a ênfase em atividades, mais <strong>do</strong> que individuais,<br />

individualizantes. Esta é uma observação também indicativa para compreender<br />

o alto grau de resistência que as pessoas apresentam aos programas<br />

tradicionais e que pode motivar a desistência destas atividades.<br />

Organizamos o trabalho de forma a permitir e estimular a interação<br />

<strong>do</strong> grupo, possibilitan<strong>do</strong> o contato e a descoberta de dificuldades e potencialidades<br />

mútuas. O processo pedagógico foi estrutura<strong>do</strong> na maioria <strong>do</strong>s Subprojetos<br />

72 , a partir das perspectivas da improvisação e da problematização, nos<br />

72 Um exemplo da não utilização desta perspectiva meto<strong>do</strong>lógica foi o Subprojeto “Artes Marciais no Caminho<br />

<strong>do</strong> Guerreiro”, em função de algumas questões que foram determinantes para uma organização pedagógica<br />

diferenciada. Dentre estas, destacamos a necessidade de organizar um novo grupo diminuin<strong>do</strong> o tempo de trabalho,<br />

as características deste grupo com muitos problemas de comportamento e necessidade de limites imposta<br />

pela instituição que acolheu o projeto, além da caracterização de uma arte marcial como o Karate-<strong>do</strong>, fundada<br />

na disciplina e no autocontrole.

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