11.01.2013 Views

Práticas Corporais - Volume 3 - Ministério do Esporte

Práticas Corporais - Volume 3 - Ministério do Esporte

Práticas Corporais - Volume 3 - Ministério do Esporte

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

70 <strong>Práticas</strong> <strong>Corporais</strong> Experiências em Educação Física para uma formação humana<br />

Física e/ou Atividade Física, originadas <strong>do</strong> conceito grego de physis, assumiram<br />

de maneira restrita (por sua concepção biologicista) a dimensão corporal.<br />

Também preferimos não trabalhar com a nomenclatura ‘esporte’ para estas<br />

práticas corporais, uma vez que boa parte delas é realizada no âmbito <strong>do</strong> lazer,<br />

distante de objetivos típicos <strong>do</strong> esporte, como competição, rendimento máximo,<br />

premiações.<br />

Importa também dizer que essas expressões identificam diferentes visões<br />

de Educação Física, bem como reproduzem modelos apresenta<strong>do</strong>s pelos<br />

mass media. Muitas destas formas diferenciadas de olhar para as <strong>Práticas</strong> de<br />

Aventura (PA’s) camuflam ou marginalizam as relações e os contextos nos quais<br />

elas se dão. Outras vezes, mesmo com propósitos de análises que superem o<br />

senso comum, observa-se o foco <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s em uma ou outra dimensão das<br />

PA’s, em detrimento <strong>do</strong> to<strong>do</strong>, fato este que acaba por restringir seus significa<strong>do</strong>s<br />

e relevâncias.<br />

É objetivo deste texto apontar alguns aspectos das PA’s, os quais, em<br />

nosso entendimento, estão sempre presentes em sua configuração, independentemente<br />

<strong>do</strong> lugar, da hora, da forma e das pessoas que as realizam; assim,<br />

aceitamos o convite de Heloísa Bruhns & Alcyane Marinho (2003), de enfrentar<br />

“o desafio e o risco conti<strong>do</strong>s na tentativa de abordar a atual busca pela<br />

natureza como palco de novas experiências, um tema ainda pouco explora<strong>do</strong>,<br />

porém instigante e atrativo”.<br />

Esse desafio será encara<strong>do</strong> a partir da idéia de que o lazer é um espaço<br />

de recriação da cultura. Fernan<strong>do</strong> Mascarenhas (2003, p.28) ressalta que esse<br />

espaço deve ser preenchi<strong>do</strong> pedagogicamente, numa educação para e pelo lazer,<br />

que “se conjugam dialeticamente”, em busca de um “lazer como prática<br />

da liberdade”. Neste senti<strong>do</strong>, ao incorporarmos os desafios que também<br />

inquietam este referi<strong>do</strong> autor, acabamos direcionan<strong>do</strong> nossos passos em busca<br />

de elementos que possam nos mostrar como conjugar uma prática lúdica com<br />

uma prática pedagógica e política. Ou mesmo como fazer <strong>do</strong> lazer uma prática<br />

transforma<strong>do</strong>ra? Como fazer, pelo lazer, que os sujeitos assumam seu<br />

papel de fazer e refazer o mun<strong>do</strong>? O debate que apresentamos a seguir busca<br />

apontar alguns elementos para pensarmos, juntos, sobre as bases e os caminhos<br />

possíveis para que a prática <strong>do</strong> lazer seja, efetivamente, uma prática da<br />

liberdade.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!