percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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Introdução - estabelecimento de percursos pedestres, incluindo a sua divulgação através da edição de material informativo e da sua divulgação no terreno através de leitores de paisagem e painéis informativos (animação) - estabelecimento de percursos interpretativos (interpretação ambiental) Para se atingir esse objectivo, realizaram-se as seguintes acções: - Definição de percursos pedestres nesta AP, a partir de percursos já existentes ou sugerindo novas propostas; - Caracterização geral dos percursos pedestres; - Selecção e aprofundamento de alguns temas do ponto de vista da interpretação ambiental nos percursos considerados; - Proposta de medidas de gestão para esses percursos. 10
2. ÁREA DE ESTUDO Parque Natural do Vale do Guadiana Pretendeu-se com este capítulo dar uma visão global das características da área de estudo, sem aprofundá-las em demasia, tanto mais que existem outros documentos onde este assunto é abordado com mais exaustão. Fig. 1 – Localização do PNVG O Parque Natural do Vale do Guadiana, adiante designado por PNVG, foi criado em 1995 e integra a rede de Áreas Protegidas do Instituto da Conservação da Natureza (ICN). Possui uma área de 69.773 ha e insere-se no Distrito de Beja (Fig.1), abrangendo parte dos concelhos de Mértola e Serpa, incluindo total ou parcialmente as freguesias de Alcaria Ruiva, Corte Pinto, Espírito Santo, Mértola, Santana de Cambas e S. João dos Caldeireiros, Santa Maria e S. Salvador. A criação deste Parque teve como principais objectivos a conservação do património natural existente e a preservação dos patrimónios paisagístico e cultural, conciliando- se estes interesses com o desenvolvimento sustentado da região (Biodesign et al. 1 , 2001). Esta Área Protegida (AP) insere-se numa região que apresenta um clima tipicamente mediterrânico, com Invernos pouco chuvosos e frescos e Verões quentes e secos, sendo a precipitação uma das mais baixas do país, em oposição aos elevados níveis de insolação e temperatura que, durante os meses de Verão, atinge aqui os seus valores mais elevados (DRAA-Alentejo, 1997; Pena, et al., 1985). Situa-se na Zona Sul Portuguesa e inclui, essencialmente, formações que datam do Devónio e do Carbónico (Biodesign et al. 1 , 2001). Ao percorrermos a região, apercebemo-nos de um contraste entre zonas com um forte ondulado, em que a Serra da Alcaria Ruiva é o expoente máximo (com 370m), e zonas mais ou menos planas, onde a altitude ronda os 100m (Pena, et al., 1985). Esta extensa peneplanície é quebrada pelo encaixe do Rio Guadiana, onde ocorrem zonas declivosas em alguns troços do seu vale e de outros cursos de água. O Guadiana é o elemento determinante da paisagem do PNVG, constituindo a 4ª bacia hidrográfica mais importante da Península Ibérica. Das principais 11
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