percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

Um percurso ribeirinho
Quando estiver cansado de olhar para baixo, erga o olhar para cima pois talvez esteja
no local certo para ver a Ermida de S. Barão, que se eleva na serra com o mesmo
nome. Considerado o mais importante Santuário de Mértola, agora abandonado, era o
local onde gentes de diferentes paragens celebravam e honravam S. Barão, o santo que
detinha a capacidade de operar os mais díspares milagres.
Depois de passar ao pé do portão da zona de caça, faltará muito pouco para terminar o
percurso. Aproveite então para se sentar um pouco e saborear a tranquilidade deste
lugar �. Quando voltar, e se o calor apertar, compense este pequeno esforço com um
banho perto do local da partida, seguido de um merecido petisco. Se quiser pode ainda
aproveitar a época termal, de Junho a Setembro, para curar alguns dos seus males com
os poderes destas águas �, mas siga a crença local e faça-o por altura do S. João �.
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Caixa da interpretação
� Habitats para explorar
Com origem numa nascente da Serra do Caldeirão, distante cerca de 42 kms deste
local, as águas da Ribeira de Oeiras só terminam a sua viagem daqui a 13 kms, quando
desaguarem no Rio Guadiana, junto à vila de Mértola. Se no Inverno o seu caudal
facilmente percorre este trajecto, o panorama altera-se na época estival, quando a
Ribeira fica reduzida a pequenos pegos dispersos que persistem em esperar pela
chegada das chuvas. Os peixes que circulam livremente nestas águas na altura do
Inverno ficam retidos nesses pegos durante o Verão, que se tornam assim nos últimos
redutos de água doce capazes de assegurar a sua sobrevivência. Esta concentração
piscícola atrai até este local vários predadores, que nesta altura têm a vida facilitada...
� Histórias para contar
A Água Santa da Morena deve o seu nome à existência de uma nascente de água com
propriedades terapêuticas e à proximidade com a povoação da Morena.
Já vem de longe a procura deste local como estância termal. Quando as Minas de S.
Domingos ainda laboravam, os seus trabalhadores deslocavam-se para aqui no Verão
afim de gozar o período de férias. Chegavam de carroça e instalavam-se em abrigos
improvisados com a vegetação das redondezas. Aí colocavam os haveres e mantimentos
que os iriam manter durante a temporada das férias. Mais tarde, já nos anos 50 do
século XX, os donos deste local registaram a exploração das águas e, aos poucos,
melhoraram as condições do alojamento para, de forma modesta, receber os visitantes
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