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percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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pois não iremos encontrar colmeias <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso caminho.<br />

No topo da serra da Sr.ª <strong>do</strong> Amparo<br />

Aos poucos, a estrada, as povoações e as árvores vão-se tornan<strong>do</strong> mais pequenas, até<br />

que se estendem sob os <strong>no</strong>ssos pés. É sinal que chegámos ao topo!<br />

À <strong>no</strong>ssa espera encontra-se a capela da Sr.ª <strong>do</strong> Amparo, em que <strong>no</strong> seu interior aloja a<br />

Santa com o mesmo <strong>no</strong>me, e que, segun<strong>do</strong> a lenda, foi alvo de injúrias em tempos<br />

passa<strong>do</strong>s ten<strong>do</strong> um castigo recaí<strong>do</strong> sob os filhos daqueles que um dia a maltrataram.<br />

Abriga<strong>do</strong>s pela sombra da capela, os <strong>no</strong>sso olhares percorrem tranquilamente o<br />

horizonte. A atenção pode ser interrompida pelo pairar de um Peneireiro que,<br />

incansavelmente, bate as asas à espera da melhor oportunidade para capturar a presa<br />

detectada <strong>no</strong> meio da vegetação. A identificação não é tarefa fácil, embora só tenhamos<br />

duas possibilidades: o Peneireiro-das-torres ou o Peneireiro-vulgar �.<br />

Este ponto alto constitui um mira<strong>do</strong>uro privilegia<strong>do</strong> para a contemplação e interpretação<br />

da paisagem. Os povoa<strong>do</strong>s concentram-se em aglomera<strong>do</strong>s de pequena dimensão, de<br />

onde se destaca Moreanes. A área envolvente correspondia, na sua generalidade, a<br />

zonas agrícolas, especialmente mo<strong>no</strong>culturas de Aveia e Trigo �, conhecidas por searas<br />

mas cuja designação mais correcta é pseu<strong>do</strong>-estepe cerealífera �/�. Face à ausência<br />

de árvores e arbustos, os animais que aí ocorrem tiveram que desenvolver uma série de<br />

adaptações por forma a conseguir sobreviver neste inóspito ambiente �. Com o<br />

aban<strong>do</strong><strong>no</strong> das práticas agrícolas muitos desses terre<strong>no</strong>s estão a ser ocupa<strong>do</strong>s por matos<br />

e por áreas florestadas, colocan<strong>do</strong> em risco a sobrevivência das espécies que deles<br />

dependem �.<br />

Se <strong>no</strong>s voltarmos para Norte, vemos uma plantação de pinheiros-mansos perto da base<br />

da serra, seguida de um pomar de Amen<strong>do</strong>eiras, provavelmente planta<strong>do</strong> como uma<br />

alternativa às culturas tradicionais comuns. Mais atrás, destacam-se <strong>do</strong>is afloramentos<br />

rochosos, os Guizos Peque<strong>no</strong> e Grande, e à esquerda destes um pomar de Alfarrobeiras.<br />

Para Este, atrás de Moreanes, surge Santana de Cambas localizada perto da ribeira de<br />

Chança, e se desviarmos o olhar ligeiramente para Norte visualizamos a Mina de S.<br />

Domingos. A Sul, encontram-se áreas agrícolas, muitas delas aban<strong>do</strong>nadas�, e<br />

pontualmente bolsas de monta<strong>do</strong>. Perto da base da serra encontramos uma pequena<br />

lagoa, cujas águas são um autêntico oásis para os animais que aqui habitam. Por fim, a<br />

Oeste localiza-se a povoação <strong>do</strong>s Corvos, ten<strong>do</strong> por trás um relevo que se vai tornan<strong>do</strong><br />

mais acidenta<strong>do</strong> à medida que se aproxima <strong>do</strong> Guadiana.<br />

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