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percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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1. INTRODUÇÃO<br />

1.1. Turismo e ambiente<br />

Vai longe o tempo da conservação <strong>do</strong>s recursos pelas proibições. Actualmente fala-se<br />

antes de gestão sustentada, de conservação activa pelo uso de práticas adequadas de<br />

exploração e de utilização racional. A questão que se coloca é saber quais as actividades<br />

compatíveis com os interesses da conservação e <strong>do</strong> desenvolvimento das actividades<br />

humanas (Bugalho, s.d.).<br />

O turismo surge hoje, ten<strong>do</strong> presente os seus potenciais impactos negativos e positivos,<br />

como uma actividade económica e social de grande importância, capaz de contribuir<br />

para os objectivos de conservação em Áreas Protegidas e em outros locais sensíveis <strong>do</strong><br />

ponto de vista ecológico e social (Burnay, 2002). Ainda segun<strong>do</strong> esta autora, o turismo<br />

nas áreas naturais é defendi<strong>do</strong> pelo seu potencial em permitir o desenvolvimento<br />

sustentável <strong>do</strong>s ecossistemas e em proporcionar incentivos para a preservação dessas<br />

áreas, em lugar de as converter para outros usos me<strong>no</strong>s compatíveis com a protecção<br />

<strong>do</strong> ambiente.<br />

O binómio turismo-ambiente é uma relação biunívoca: por um la<strong>do</strong>, o turismo enquanto<br />

fenóme<strong>no</strong> que movimenta pessoas é suporta<strong>do</strong> pela existência de um determina<strong>do</strong><br />

ambiente físico, <strong>natural</strong> ou construí<strong>do</strong>; por outro la<strong>do</strong>, na ausência de planeamento e<br />

orientação, o turismo pode gerar pressões sobre o ambiente, tornan<strong>do</strong>-o um factor<br />

inibi<strong>do</strong>r (Veiga, s.d.). A questão fundamental é, sem dúvida, a de transformar<br />

positivamente uma actividade “parasita” e consumi<strong>do</strong>ra de espaço, de cultura, de bens<br />

e de energia, num instrumento de desenvolvimento sustentável para a região onde se<br />

instala o turismo. Assume-se assim que não é a actividade turística em si, mas o<br />

modelo de desenvolvimento turístico, que coloca em risco o ambiente (Burnay, 2002).<br />

A Federação <strong>do</strong>s Parques Nacionais e Naturais da Europa (EUROPARC), defende o<br />

desenvolvimento de formas de turismo sustentável em espaços naturais, desde que as<br />

mesmas respeitem e preservem a longo prazo os recursos naturais, culturais e sociais,<br />

e contribuam de forma positiva e equitativa para o desenvolvimento económico e para o<br />

conforto das pessoas que vivam, trabalham e permaneçam em determinada região<br />

(EUROPARC, 1998).<br />

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