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percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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Ao encontro <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Guadiana<br />

Nestas paragens é comum a presença de Perdizes, uma das aves mais amplamente<br />

distribuídas <strong>no</strong> Parque, o que de<strong>no</strong>ta a sua facilidade de adaptação a diversos tipos de<br />

habitats. O seu eleva<strong>do</strong> número em alguns locais pode resultar <strong>do</strong>s repovoamentos<br />

feitos nas zonas de caça, por forma a aumentar os efectivos disponíveis para esta<br />

actividade.<br />

A vedação que teima em acompanhar-<strong>no</strong>s limita a Herdade da Brava, não sen<strong>do</strong> de<br />

espantar se, <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong>, encontrarmos animais oriun<strong>do</strong>s de terras bem longínquas e<br />

que contrastam largamente com as espécies desta região<br />

À medida que <strong>no</strong>s aproximamos <strong>do</strong> rio <strong>no</strong>ta-se a alteração da diversidade florística.<br />

Surgem tufos de Estevas e uma panóplia de outras espécies indígenas deste local, que<br />

um dia a acção <strong>do</strong> Homem substituiu por culturas e que agora têm oportunidade de<br />

crescer e retomar o lugar que lhes pertence. Às Estevas começam a juntar-se outros<br />

arbustos, como o Sargaço, o Rosmaninho, o Alecrim, a Roselha, o Zimbro, o Tamujo, a<br />

Cebola-albarrã, a Erva-ursa e o Gaimão, plantas que provavelmente são desconhecidas<br />

para a maioria de nós, mas comumente utilizadas na região para diversos fins �. A<br />

multiplicidade das cores das suas flores, observáveis na sua maioria entre Março e<br />

Junho, associada aos seus aromas atraem uma variedade de insectos que assim<br />

asseguram a polinização. As aves são também comuns nestas paragens, mas<br />

provavelmente não será tarefa fácil a distinção das várias toutinegras que aqui podem<br />

ocorrer.<br />

O <strong>no</strong>sso caminho irá interceptar um desvio, que ig<strong>no</strong>ramos para continuar a descida.<br />

Aos poucos começamos a ver o rio, mas provavelmente não <strong>no</strong>s apercebemos da<br />

movimentação das águas que seguem o seu trajecto até à foz, em Vila Real de Santo<br />

António, distante deste ponto cerca de 70 km �. Nos seus fun<strong>do</strong>s vive uma diversidade<br />

piscícola própria de águas <strong>do</strong>ces (espécies dulciaquícolas), como o Boga <strong>do</strong> Guadiana, o<br />

Escalo-<strong>do</strong>-sul e várias espécies de barbos, e que to<strong>do</strong>s os a<strong>no</strong>s partilham estas águas<br />

com peixes provenientes <strong>do</strong>s mais longínquos lugares, que se deslocam até aqui para se<br />

reproduzir �.<br />

Numa das curvas, já na última fase <strong>do</strong> percurso, a paisagem convida-<strong>no</strong>s a uma breve<br />

paragem, e podemos aproveitar para recuar até aos tempos em que o rio era um <strong>do</strong>s<br />

muitos obstáculos para uma actividade arriscada mas muito aliciante - o contraban<strong>do</strong><br />

�. Deste ponto é possível ver a torre <strong>do</strong> que parece ter si<strong>do</strong> um medi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> nível da<br />

água.<br />

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