percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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� Pensamentos para meditar À volta do montado Por definição, o montado é um sistema de uso múltiplo. Será que já se esgotaram todas as formas de torná-lo rentável e, assim, assegurar a sua manutenção? �� Informações a reter O Grou é uma espécie que nidifica do Norte da Europa até à Sibéria Central. É uma ave migradora que, no Outono, deixa o seu local de nidificação e desloca-se para boas áreas de alimentação, onde permanece até ao início da Primavera. Portugal é um desses locais! Após cerca de 3.000 kms de viagem, perto de 2.000 aves chegam ao nosso país e instalam-se no interior do Alentejo. O pescoço comprido e as pernas longas contribuem para o seu aspecto elegante que, aliado à sua inconfundível coloração cinzenta prateada, tornam-na numa das aves mais belas do Alentejo. Contudo, é também uma das mais barulhentas, sendo responsável por ensurdecedoras algazarras provocadas pelos típicos "krrau" que emitem, tanto em voo como no solo. É em terras alentejanas que os Grous encontram boas áreas de alimentação, especialmente as cultura extensiva de cereais e as zonas de montado de azinho, onde as bolotas são muito apreciadas. Ao nascer do dia, as aves dispersam-se em bandos pelos campos de alimentação e, ao crepúsculo, voltam a reunir-se nos locais de dormitório, onde a existência de água e boa visibilidade são requisitos essenciais. Embora não o encontremos neste percurso, esta espécie ocorre na área do Parque. O Grou é protagonista de mitos e lendas, alguns deles associados à famosa dança que ocorre na altura do acasalamento, na qual o casal realiza vénias e saltos altos esvoaçantes, acompanhados por um dueto de sons agudos. Embora mais raramente, também é possível observar-se este ritual no Inverno, havendo mesmo quem afirme que a dança pode ser induzida pelo Homem, ao imitar estes movimentos. Infelizmente, a tranquilidade e o alimento que esta ave encontra no Alentejo podem ter os seus dias contados. Para isso, muito contribuem a acelerada transformação da paisagem agrícola, em que a agricultura extensiva de sequeiro está a dar lugar à agricultura intensiva de regadio, e a florestação com espécies de crescimento rápido, com eliminação de montados de Azinho. 70
�� Dizeres populares para divulgar À sombra da Azinheira Nos dias de sol bem quente Custa mais lá estar sentado Que o trabalho a certa gente ------------------------------------------------ Caixa das informações - Recomendações À volta do montado a) Período recomendado: De meados de Setembro a meados de Maio. São de evitar os dias de Verão e os mais quentes da Primavera; b) Atravessa a zona de caça turística nº33. - Sugestões a) Programar o percurso para chegar à Tapada Grande por volta da hora do almoço e regressar à tarde; b) Começar o percurso na Tapada Grande; c) Festas e feiras: Mercado “O Pago” (Mina de S. Domingos, 4º dia de cada mês); Festa Tradicional de S. Domingos (S. Domingos, 15 de Agosto). - Contactos locais - Alojamento: Casa do Guizo, no Monte do Guizo (Tel.: 286 655 171); Pensão S. Domingos, em S. Domingos (Tel.: 286 647 187) - Restauração: Café-Restaurante “S. Domingos” ------------------------------------------------------ Caixas das espécies Flora Arruda Ruta lentiscus Azinheira Quercus rotundifolia Cevada Hordeum vulgare Estevas Cistus sp. Eucalipto Eucalyptus globulus Figueira da Índia Opuntia ficus-indica Loendro Nerium oleander Medronheiro Arbutus unedo Montraste Menta rotundifolia Saramago Raphanus raphanistrum Sobreiro Quercus suber Tojo Genista sp. Tremocilha-amarela Lupinus luteus Trevo Trifolium sp. 71
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