percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

Definição de percursos pedestres
número de descritores igual em todos os critérios, para facilitar a comparação entre os
vários percursos.
Para a avaliação e a selecção dos percursos identificaram-se alguns parâmetros
considerados primordiais e condicionantes para o sucesso deste género de actividade,
nomeadamente a segurança, a propriedade, a vulnerabilidade, a acessibilidade e a
cooperação (institucional e particular). Além disso, a delimitação dos próprios trajectos
dos percursos pretendeu conjugar uma série de critérios relevantes para várias
empresas que operam neste domínio. Por último, e tal como referido, pretendeu-se
também que esta metodologia fosse simples e facilmente utilizável, nomeadamente por
operadores turísticos na escolha de percursos pedestres.
Como principais constrangimentos, aponta-se a dificuldade em avaliar os troços que
apresentam diferentes descritores ao longo da sua extensão, a incapacidade de, por
vezes, se seleccionar os melhores troços face a limitações dos próprios locais e, por
último, a necessidade de se conhecer muito bem a zona por forma a proceder-se à sua
correcta avaliação.
Os percursos propostos apresentam características distintas, nomeadamente ao nível da
sua localização, dos valores contemplados e do grau de dificuldade. Por se pretender
que a sua implementação seja enquadrada no âmbito do Programa de Turismo de
Natureza, e por se considerar que qualquer actividade deve promover os valores locais
e envolver a própria população, deu-se especial atenção à possibilidade dos percursos
passarem por zonas onde fosse possível haver algum contributo para o desenvolvimento
local, nomeadamente ao nível do comércio e a interligação com outras actividades aí
decorrentes. No entanto, nem sempre foi possível concretizar-se esta intenção pois
vários locais não estão preparados para o efeito, apresentado falta de infra-estruturas
capazes de corresponder a este propósito.
Relativamente ao interesse dos valores considerados, tem-se consciência que este
ponto apresenta alguma subjectividade, dependendo do propósito da própria visita.
Contudo, considera-se que os valores da zona e, concretamente, a mensagem que se
quer transmitir aos visitantes depende essencialmente dos objectivos e da eficácia das
entidades gestoras e dinamizadoras, e não dos condicionalismos dos locais. Por isso,
defende-se a importância da interpretação ambiental, nomeadamente em percursos
pedestres, a qual será desenvolvida no capítulo seguinte para os oito percursos
propostos.
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