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percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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5.3. Monitorização<br />

Gestão <strong>do</strong>s <strong>percursos</strong> <strong>pedestres</strong><br />

A implementação de qualquer estratégica turística irá sempre provocar impactos <strong>no</strong><br />

meio, e embora os <strong>percursos</strong> <strong>pedestres</strong> não sejam, por si só, os principais gera<strong>do</strong>s<br />

desses impactos, a verdade é que também irão contribuir para que isso suceda. Embora<br />

se deseje que esses impactos sejam positivos, como a contribuição para a eco<strong>no</strong>mia<br />

local, uma maior consciência por parte <strong>do</strong> público para a necessidade de preservar<br />

esses valores, entre outros, reconhece-se que, infelizmente, os aspectos negativos<br />

costumam pre<strong>vale</strong>cer.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, e uma vez aceite o princípio que o aumento <strong>do</strong> número de visitantes gera<br />

impactos, um programa de uso recreativo não pode prescindir de um sistema de<br />

monitorização <strong>do</strong>s mesmos. Se não se conhecer os impactos destas actividades sobre o<br />

meio ambiente e nas populações locais, então não se pode avaliar o sucesso das<br />

iniciativas (Drumm et al. s.d.; Strasdas, 2002). Embora isto seja um facto aceite por<br />

quem trabalha neste <strong>do</strong>mínio, a verdade é que a monitorização raramente é<br />

considerada, talvez porque uma das dificuldades é saber como fazê-lo! Esta é uma<br />

questão para a qual ainda não se chegou a nenhuma conclusão, embora sejam vários os<br />

méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s para o efeito (WWF-Brasil, 2001). Destes, destacam-se três <strong>do</strong>s mais<br />

difundi<strong>do</strong>s (Seabra, 2000):<br />

a) Capacidade de carga de visitação recreativa em Áreas Protegidas<br />

b) Monitorização de impacto de visitação (MIV)<br />

c) Limite aceitável de mudança (LAC)<br />

No primeiro caso, pretende-se estimar o limite máximo de visitantes com base na<br />

estimativa da quantidade de utilização que uma área pode suportar. Na prática, este<br />

méto<strong>do</strong> não tem resulta<strong>do</strong> dada a dificuldade de se estimar esse valor devi<strong>do</strong> à<br />

complexidade de inter-relações que é necessário considerar. Para além disso, começou-<br />

se a perceber que não é suficiente estimar o número de visitantes, pois aquilo que estes<br />

fazem, quan<strong>do</strong> o fazem e muitas outras circunstâncias, são frequentemente mais<br />

importantes para determinar os impactos dessa visitação. Por outras palavras, parece<br />

não haver uma correlação directa entre o número de visitantes e os efeitos negativos<br />

sobre o solo, a vegetação, a fauna ou a população local (Drumm et al. s.d.), pelo que se<br />

tem defendi<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>pção de outras meto<strong>do</strong>logias.<br />

Nos <strong>do</strong>is outros méto<strong>do</strong>s, embora diferentes, têm em comum o facto de se pré-<br />

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