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percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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1.2. Ecoturismo: uma forma de turismo sustentável<br />

Introdução<br />

A termi<strong>no</strong>logia usada para descrever a variedade de formas de turismo ditas<br />

sustentáveis é diversa, imprecisa e expandiu-se rapidamente nas últimas décadas. Uma<br />

variedade de adjectivos e prefixos têm si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong>s: verde, científico, correcto,<br />

alternativo, responsável, aventura, <strong>natural</strong>, eco. No âmbito deste trabalho será usa<strong>do</strong> o<br />

termo ecoturismo, com a definição proposta pela Sociedade Internacional <strong>do</strong> Ecoturismo<br />

– TIES (UNEP, 2001), e que segun<strong>do</strong> a qual “é uma forma responsável de viajar para<br />

áreas naturais, que conserva o ambiente e assegura o bem-estar das populações<br />

locais”. Ainda segun<strong>do</strong> a TIES, “o ecoturismo é uma forma de turismo sustentável, que<br />

teve como base o turismo de natureza, e ao qual foram incluídas as componentes<br />

cultural e rural”.<br />

Defendi<strong>do</strong> como uma alternativa com me<strong>no</strong>r impacto relativamente às outras formas de<br />

turismo mais tradicionais, o ecoturismo pretende ser uma actividade económica viável,<br />

capaz de minimizar os impactos negativos da actividade humana sobre a vida selvagem<br />

e os habitats e, simultaneamente, incentivar para a preservação de áreas naturais<br />

(Isaacs, 2000). De acor<strong>do</strong> com este autor, mais <strong>do</strong> que um <strong>no</strong>vo segmento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />

turístico, o ecoturismo assenta numa série de princípios, <strong>no</strong>meadamente: contribuir<br />

para a conservação da biodiversidade; assegurar o bem-estar das populações locais;<br />

incluir experiências de interpretação e aprendizagem; promover acções responsáveis<br />

por parte <strong>do</strong>s turistas e opera<strong>do</strong>res turísticos; incentivar ao consumo mínimo; fornecer<br />

incentivos à participação local, através da criação de oportunidade de empregos.<br />

Embora estes princípios sejam louváveis <strong>do</strong> ponto de vista da conservação da natureza,<br />

o ecoturismo também é objecto de críticas. Na realidade, constata-se que muitos<br />

opera<strong>do</strong>res turísticos utilizam o termo “eco” por uma questão de marketing, sem ter em<br />

consideração as questões ambientais, pelo que se defende a necessidade da certificação<br />

das empresas que operam neste <strong>do</strong>mínio. Outra crítica apontada prende-se com a<br />

dificuldade de cumprimento <strong>do</strong>s próprios princípios que lhe estão subjacentes. Por<br />

exemplo, espera-se que as receitas obtidas a partir <strong>do</strong> ecoturismo revertam, pelo<br />

me<strong>no</strong>s parcialmente, a favor da área <strong>natural</strong>; <strong>no</strong> entanto, em muitos países isso não<br />

acontece e, mesmo <strong>no</strong>s países onde tal ocorre, a própria TIES reconhece que ainda não<br />

há da<strong>do</strong>s suficientes que comprovem este facto. Outro argumento a favor <strong>do</strong> ecoturismo<br />

defende que os seus impactos negativos são me<strong>no</strong>res quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com os <strong>do</strong><br />

turismo tradicional, contu<strong>do</strong>, um olhar mais atento implica também uma avaliação<br />

desses impactos, pois alguns <strong>do</strong>s valores que o ecoturismo devia proteger são afecta<strong>do</strong>s<br />

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