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percursos pedestres no parque natural do vale do guadiana

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Guadiana – o grande rio <strong>do</strong> sul<br />

cultural com o mesmo <strong>no</strong>me. Para além <strong>do</strong> património edifica<strong>do</strong>, este é também um<br />

bom local para se observar aves, algumas das quais <strong>no</strong>cturnas como a Coruja-das-<br />

torres, que utiliza as reentrâncias <strong>do</strong>s edifícios e muros para fazer o ninho. Esta ave é<br />

uma boa aliada <strong>no</strong> combate à praga de ratos, pois os micromamíferos são a base da sua<br />

alimentação.<br />

O <strong>no</strong>sso caminho prossegue ao longo da estrada até ao local conheci<strong>do</strong> como a Horta<br />

<strong>do</strong>s Dois Irmãos �, onde o alcatrão será substituí<strong>do</strong> por terra batida. Esta mudança<br />

implica também a entrada numa área de utilidade pública, o perímetro florestal de<br />

Mértola �, onde podemos encontrar um vasto pinhal planta<strong>do</strong> há cerca de 40 a 50<br />

a<strong>no</strong>s, forma<strong>do</strong> essencialmente por Pinheiros-mansos. Na bifurcação prosseguimos pelo<br />

caminho da esquerda. Neste local encontramos com alguma facilidade Estevas, Coelhos<br />

e Pegas-azuis, as quais dificilmente passarão despercebidas pelas suas longas caudas<br />

em tons de azul e pelo barulho que produzem.<br />

Mais à frente o <strong>no</strong>sso horizonte começa a alargar-se e não ficaremos indiferentes à<br />

espectacular vista sobre Mértola e <strong>do</strong> rio Guadiana que podemos contemplar. É o sítio<br />

ideal para tentarmos perceber a importância deste rio na vida das pessoas desta remota<br />

vila ao longo <strong>do</strong>s tempos �. Ao olharmos para a tranquilidade deste troço, nada <strong>no</strong>s<br />

leva a supor que é um rio fortemente dependente das águas das chuvas, o que o torna<br />

muito irregular, originan<strong>do</strong> inesperadas tragédias. O a<strong>no</strong> de 1876 ficará para sempre<br />

marca<strong>do</strong> na história da vila, pelas grandes cheias que ocorreram em consequência da<br />

subida, de mais de 25 metros, das águas <strong>do</strong> rio, que alagaram a praça e inundaram<br />

inúmeras lojas e fazendas.<br />

Perto deste ponto podemos visualizar, embora com alguma dificuldade, o Moinho <strong>do</strong><br />

Vau, composto por duas azenhas de cobertura temporária situadas na margem direita<br />

<strong>do</strong> Guadiana, junto ao Vau da Pedra.<br />

A composição florística da paisagem começa a mudar e os pinheiros dão lugar a<br />

terre<strong>no</strong>s com vegetação mais rasteira. É curioso saber que neste local existem<br />

orquídeas, tanto mais que, provavelmente, muitos de nós apenas as conhecemos de<br />

floristas. Na verdade, as orquídeas encontradas nesta região são mais modestas em<br />

tamanho, quan<strong>do</strong> comparadas com as suas parentes tropicais e as de viveiro, mas são<br />

igualmente detentoras de impressionantes belezas. Das espécies mais características<br />

temos o Serapião-de-língua-pequena, o Testículo-de-cão �, a Neotinea maculata e a<br />

Ophrys tenthredinifera (as espécies <strong>do</strong> género Ophrys têm a particularidade de se<br />

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