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Revista Newslab Edição 179

Revista Newslab Edição 179 - Setembro 2023

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VIROLOGIA<br />

tamente ao NoV, já que<br />

são sinais inespecíficos<br />

e podem ser causados<br />

por diversos agentes em<br />

cães. O primeiro relato<br />

de NoV canino, foi em<br />

um cão com dois meses,<br />

com quadro de gastroenterite<br />

na Itália em<br />

2007, descrito por Martella<br />

et al. (2008) [19],<br />

cujo sequenciamento<br />

apresentou identidade<br />

genômica para o GIV.2,<br />

com 90.1 % de identidade<br />

de aminoácidos.<br />

Também foram encontrados<br />

amostras virais<br />

em fezes de cães de Portugal<br />

(MESQUITA et al.,<br />

2010; MESQUITA; NASCI-<br />

MENTO, 2011), da Grécia<br />

(NTAFIS et al., 2010), da<br />

Ásia (SOMA et al., 2015)<br />

e nos Estados Unidos<br />

(AZEVEDO et al., 2012).<br />

A virose causa uma<br />

infecção ativa no trato<br />

gastrointestinal e é possível<br />

observar durante<br />

22 dias de infecção nas<br />

fezes de cães infectados.<br />

A doença é de difícil<br />

identificação, já que é<br />

relativamente comum<br />

co-infecções entre parvovírus<br />

e coronavírus<br />

entérico em cães com<br />

norovírus sendo difícil<br />

isolar os sinais clínicos,<br />

entretanto, há casos<br />

isolados na ausência<br />

de outros patógenos,<br />

identificando números<br />

limitados de vírus. É<br />

importante ponderar a<br />

possibilidade de infecções<br />

subclínicas, uma<br />

vez que o vírus já foi<br />

detectado em fezes de<br />

animais aparentemente<br />

saudáveis, sendo necessários<br />

mais estudos para<br />

entender e confirmar o<br />

papel do vírus no trato<br />

gastrointestinal de cães.<br />

As cepas identificadas<br />

são geneticamente<br />

heterogêneas. Em Portugal,<br />

apresentam menos<br />

de 65% de identidade<br />

de aminoácidos quando<br />

comparado com a<br />

Itália, o que propõe um<br />

novo genogrupo viral.<br />

Atualmente é possível<br />

detectar 32 cepas, sendo<br />

possível a recombinação<br />

genética entre as<br />

mesmas [11]<br />

Diagnóstico<br />

O método de diagnóstico<br />

é feito através da<br />

Microscopia Eletrônica<br />

(EM), que é capaz de<br />

detectar partículas virais<br />

de 27 a 30 nm de diâmetro<br />

intitulada SRSV. Essa<br />

técnica é utilizada em<br />

laboratórios de saúde<br />

pública, porém requer<br />

um profissional altamente<br />

qualificado e um equipamento<br />

de qualidade, o<br />

que torna caro e dificulta<br />

os estudos clínicos e epidemiológicos<br />

voltados<br />

apenas para o diagnóstico<br />

clínico. Além disso, é<br />

utilizado o ELISA – ensaio<br />

imunoenzimático, onde<br />

detecta o antígeno através<br />

de proteínas virais<br />

do capsídeo, que são<br />

expressas em baculovírus.<br />

Essa técnica foi descoberta<br />

recentemente<br />

e disponibilizada para o<br />

diagnóstico através das<br />

fezes, entretanto, apresentaram<br />

baixa sensibilidade.<br />

Todavia, foi desenvolvido<br />

novas gerações<br />

de teste ELISA, onde<br />

esses são mais sensíveis,<br />

154 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>179</strong> | Setembro 2023

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