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Ceserani e Filipe Furtado sobre o fantástico e o insólito nas narrativas. E para o estudo do espaço utilizaremos bases teóricas de Michel Foucault, Gaston Bachelard e, em especial, o estudo de Gilles Deleuze sobre o espaço liso e estriado. Podemos concluir que a bolsa na narrativa se constitui como um fator determinante de polissemia, principalmente como objeto-espaço caracterizador do insólito. Palavras-chave: Insólito; Objeto-espaço; Fantástico A IMAGEM ESTERIOTIPADA DO NEGRO NA LITERATURA INFANTO- JUVENIL BRASILEIRA Jucimara dos Santos (Graduanda - Letras UFU) Jacqueline Paula da Silva jucimaradsantos@gmail.com A proposta do presente trabalho é analisar como a imagem do negro é apresentada na literatura infanto-juvenil. Seu principal objetivo é identificar e analisar os livros deste gênero literário que abordam personagens negros de forma estereotipada. Assim, buscou focalizar tanto o conteúdo das obras quanto as figuras ilustrativas que são expostas. Espera-se desse modo, que a imagem do negro seja valorizada e que a Lei 10.639/03 possa contribuir para uma ampliação de produção literária relativa à cultura afro- brasileira. A metodologia empregada foi a pesquisa em obras literárias do gênero infanto-juvenil. Para isso, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, qualitativa, de caráter interpretativo, já que pretendemos analisar as obras e ilustrações presentes no gênero literário infanto-juvenil. Buscou-se selecionar as obras mais comentadas e utilizadas na Literatura infanto-juvenil, principalmente no âmbito escolar, e a partir delas analisar as ilustrações e alguns adjetivos atribuídos a personagens negros. Se essas imagens são representadas de modo distorcido, o jovem leitor a partir dessas informações formulará uma visão estereotipada e equivocada do seu semelhante acarretando desse modo a formação e presença do preconceito. A pesquisa mostrou que as representações ilustrativas do negro na literatura são na maioria das vezes exageradas, porque os atributos físicos excedem o real, transformando o personagem em caricaturas pitorescas carregada de atributos pejorativos. Parece que os ilustradores buscam ressaltar essa posição de submissão que o negro vem ocupando desde a abolição da escravatura, e 120
desumanizam suas feições, impossibilitando o leitor ou ouvinte da estória reconhecer e respeitar o semelhante. Partindo desse pressuposto, autores e ilustradores deveriam se destituir dos pré-conceitos, (re)pensar suas técnicas de descrição e principalmente seu conceito de beleza. Por estarmos num país de diversidade e miscigenação étnico- cultural, é necessário que eles tomem consciência de sua responsabilidade para o fato de que serão os primeiros formadores de estereótipos para várias crianças. Se a criança encontra-se em um ambiente em que mesmo de forma implícita o racismo está presente, é através do livro e de suas ilustrações que ela poderá reforçar ou desconstruir imagens negativas sobre o negro. Pensando nas crianças negras em especial é preciso indicar, formular e criar leituras que construam e reforcem sua autoestima. O leitor precisa se identificar de forma positiva com o personagem, extraindo o melhor da leitura e da imagem. É também necessário que as escolas trabalhem com a temática da diversidade, inserindo leituras habituais sobre personagens negros nas aulas. Palavras-chave: Literatura infanto-juvenil, negro, estereotipada. A (DES)MITIFICAÇÃO NA LITERATURA E NO CINEMA INFANTOJUVENIS: UMA ANÁLISE DE SAPATO DE SALDO DE LYGIA BOJUNGA E O DESABROCHAR DE MÁXIMO OLIVEROS, DE AURAEUS SOLITO Edson Maria da Silva (Graduando - Letras UFU) edysonmaria@yahoo.com.br Orientador(a): Prof. Dr. Paulo Fonseca Andrade Tendo como princípio que a literatura e o cinema infatojuvenis são uns dos meios pelos quais jovens e crianças têm contato com a arte, este projeto tem por objetivo analisar como o livro Sapato de Salto, de Lygia Bojunga e o filme O desabrochar de Máximo Oliveros, de Auraeus Solito tratam de temas que envolvem o universo infatojuvenil, tendo em vista que grande parte das obras destinadas a este público têm um caráter mitificado, didático e que por isso pouco contribuem para o desenvolvimento cognitivo da criança. Entretanto, essas duas obras aqui abordadas, possuem características 121
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