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1 - ppgel/ileel/ufu - Universidade Federal de Uberlândia

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atento às produções simbólicas e às construções dos significados, através dos registros<br />

produzidos pelos homens, no <strong>de</strong>correr dos tempos, utilizaremos como suporte teórico e<br />

metodológico a perspectiva dos Estudos Culturais ingleses, que surgiu com maior<br />

representativida<strong>de</strong> na Inglaterra dos anos 1950, tendo como uns <strong>de</strong> seus principais<br />

expoentes Raymond Williams e Edward P. Thompson. Esta vertente, pensa a cultura<br />

como a organização dos significados e dos valores <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado grupo social e<br />

como um campo <strong>de</strong> luta on<strong>de</strong> eles possam ser modificados em direção a um mundo<br />

mais <strong>de</strong>mocrático.<br />

Palavras-chave: William Blake; Romantismo Inglês; Estudos Culturais<br />

FRANKENSTEIN, DE MARY W. SHELLEY: ROMPENDO AS FRONTEIRAS<br />

DO SABER HUMANO<br />

Marina Choucre Nunes (Graduanda - Letras UFU)<br />

marinanunes1@gmail.com<br />

Orientador(a): Prof. Dr. Leonardo Francisco Soares<br />

“O saber que é po<strong>de</strong>r não conhece nenhuma barreira, nem na escravização da criatura,<br />

nem na complacência em face dos senhores do mundo”. Nessa passagem, T. W. Adorno<br />

<strong>de</strong>monstra que a superiorida<strong>de</strong> do homem se encontra no saber, e que este <strong>de</strong>sconhece e<br />

rompe qualquer limite. De modo semelhante, Victor Frankenstein, através do contato e<br />

estudo <strong>de</strong> diversas áreas da ciência, se vê dotado do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> conceber vida à matéria<br />

morta. Todavia, a criação do cientista acaba resultando na concepção <strong>de</strong> um ser<br />

monstruoso, levando-o à ruína. Como se po<strong>de</strong> ver, o romance <strong>de</strong> Mary W. Shelley não<br />

se respalda apenas na questão da criação técnica, mas no modo em que o homem, diante<br />

do conhecimento, ignora as barreiras do possível e atingível. Nesse sentido,<br />

Frankenstein: ou o Prometeu Mo<strong>de</strong>rno se mostra uma obra à frente da época em que foi<br />

escrita, visto que Shelley repensa <strong>de</strong> forma crítica a questão da supremacia do saber,<br />

proveniente do pensamento mo<strong>de</strong>rno. Portanto, a apresentação <strong>de</strong>ste trabalho consistirá<br />

em abordar a relação entre homem, saber e natureza, em particular a questão da<br />

transgressão e, a partir disso, refletir <strong>de</strong> que maneira essas questões ainda inci<strong>de</strong>m na<br />

contemporaneida<strong>de</strong>.<br />

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