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Obras selecionadas de lutero, os primordios, escritos de

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9. Segue-se ainda que, no Sacramento da Penitência e perdão da culpa,<br />

tiiti papa ou bispo nada mais faz do que o menor d<strong>os</strong> sacerdotes; sim, on<strong>de</strong><br />

iião há sacerdote, qualquer pessoa cristã, mesmo que seja uma mulher ou<br />

criança, faz o mesmo. Pois caso um cristão pu<strong>de</strong>r te dizer: "Deus te perdoa<br />

icus pecad<strong>os</strong>, em nome", etc. e tu pu<strong>de</strong>res aceitar essa palavra com fé firme,<br />

coino se Deus mesmo te dissesse isso, então com certeza estarás absolvido na<br />

iitesma fé. É tão completamente que tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da fé na palavra <strong>de</strong> Deus.<br />

I'ciis o papa, bispo ou sacerdote nada po<strong>de</strong>m fazer por tua fé. Assim, nin-<br />

ptiém po<strong>de</strong> transmitir ao outro palavra <strong>de</strong> Deus melhor do que a palavra co-<br />

itiiim que ele disse a Pedro: "O que <strong>de</strong>sligares será <strong>de</strong>sligado." Esta palavra<br />

<strong>de</strong>ve constar <strong>de</strong> toda absolvição; mais ainda: nela está contida toda absolvi-<br />

y3o. Não obstante, <strong>de</strong>ve-se respeitar a or<strong>de</strong>m da autorida<strong>de</strong>, e não <strong>de</strong>sprezá-<br />

Iit. Entretanto, não n<strong>os</strong> enganem<strong>os</strong> quanto ao sacramento e seu efeito, como<br />

se ele f<strong>os</strong>se melhor quando dado por um bispo ou papa do que quando dado<br />

[por um sacerdote ou leigo. Pois da mesma forma corno a missa, o Batismo o11<br />

;i distribuição do santo Corpo <strong>de</strong> Cristo efetuad<strong>os</strong> pelo sacerdote valem tanto<br />

iliianto se o papa ou o bispo o lizessem, assim ocorre com a absolvição, isto<br />

6. com o Sacramento da Penitência. O fato <strong>de</strong> reservarem para si a absolvição<br />

iIe cert<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>17 não torna seu sacramento maior ou melhor, mas é como se,<br />

~ior alguma razão, privassem alguém da missa, do Batismo ou algo assim;<br />

ciiin isto, nada seria acrescentado ao Batismo e a missa ou <strong>de</strong>les tirado.<br />

10. Por isso, se crês na palavra do sacerdote quando ele te absolve (isto<br />

i.. i~tiando, em nome <strong>de</strong> Cristo e no po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> sua palavra, te <strong>de</strong>sliga dizendo:<br />

"liii te absolvo <strong>de</strong> teus pecad<strong>os</strong>"), então <strong>os</strong> pecad<strong>os</strong> certamente também esi:io<br />

nhsolvid<strong>os</strong> perante Deus, perante tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> anj<strong>os</strong> e todas as criaturas. Isto<br />

tic.oi.re não por tua causa, não por causa do sacerdote, mas por causa da pala-<br />

\.i ;i vcraz <strong>de</strong> Cristo, que não po<strong>de</strong> estar te mentindo ao dizer: "O que <strong>de</strong>sligaherá<br />

<strong>de</strong>sligado." No entanto, se não crês que é verda<strong>de</strong> que teus pecad<strong>os</strong><br />

I C ~<br />

estilo perdoad<strong>os</strong> e <strong>de</strong>sligad<strong>os</strong>, então és um pagão, não-cristão, <strong>de</strong>scrente em<br />

til:icão ao teu Senhor Cristo, o que constitui o mais grave pecado contra<br />

I Iiiis. E não vás <strong>de</strong> modo algum ao sacerdote se não queres crer em sua absolvic.l»;<br />

farás um gran<strong>de</strong> mal a ti mesmo com tua <strong>de</strong>scrensa. Pois com tal <strong>de</strong>srtciiça<br />

transformas teu Deus num mentir<strong>os</strong>o. Ele te diz através <strong>de</strong> seu saceriIi)lc:<br />

"Tu estás livre <strong>de</strong> pecad<strong>os</strong>." Tu, porém, retrucas: "Eu não creio nisso<br />

iiii duvido disso", como se estivesses mais seguro em tua opinião do que Deus<br />

ciit suas palavras. Ao invés disso, <strong>de</strong>verias abrir mão <strong>de</strong> todas as opiniões<br />

1iiOprias e aceitar a palavra <strong>de</strong> Deus, proferida pelo sacerdote, com fé irremovivel.<br />

Pois se duvidas que tua absolvição seja do agrado <strong>de</strong> Deus e que estejas<br />

livi-c <strong>de</strong> pecad<strong>os</strong>, não é isto como se dissesses: "Cristo não disse a verda<strong>de</strong>, e<br />

iii i150 sei se lhe agradam suas próprias palavras, ditas a Pedrn: O que <strong>de</strong>sli-<br />

.<br />

I1 ('as<strong>os</strong> reservad<strong>os</strong> são ''cert<strong>os</strong> crimes mais atrozes e graves" em que <strong>os</strong> bisp<strong>os</strong> e o papa se re-<br />

recvain o direito <strong>de</strong> absolvicão. Se alguém <strong>de</strong> men<strong>os</strong> categoria pronuncia a perdão, este não<br />

6 v!ilido. também perante Deus, segundo a doutrina romana. Mas não há cas<strong>os</strong> reservad<strong>os</strong><br />

cri) lace dn tiiorle. V. "Cânanes e <strong>de</strong>cret<strong>os</strong> do Concilio <strong>de</strong> Trento", Sessão XIV: Sacramen-<br />

ii,

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