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afirmando algo como: "Não fazemos a menor idéia de como isso ocorre, mas é um<br />
efeito que chamamos de placebo, e por enquanto basta-nos saber disso." - Ou<br />
seja, é a mesma coisa que não afirmar objetivamente nada.<br />
Felizmente, também há céticos que se aprofundam um pouco mais no problema:<br />
"Médicos em um estudo eliminaram verrugas com sucesso, pintando-as com uma<br />
tinta colorida e inerte, e prometendo aos pacientes que as verrugas<br />
desapareceriam quando a cor se desgastasse. Em um estudo de asmáticos,<br />
pesquisadores descobriram que podiam produzir a dilatação das vias aéreas<br />
simplesmente dizendo às pessoas que elas estavam inalando um broncodilatador,<br />
mesmo quando não estavam. Pacientes sofrendo dores após a extração<br />
dos dentes sisos tiveram exatamente tanto alívio com uma falsa aplicação de<br />
ultra-som quanto com uma verdadeira, quando tanto o paciente quanto o<br />
terapeuta pensavam que a máquina estava ligada. Cinqüenta e dois por cento dos<br />
pacientes com colite tratados com placebos em 11 diferentes testes, relataram<br />
sentir-se melhor - e 50 por cento dos intestinos inflamados realmente pareciam<br />
melhores quando avaliados com um sigmoidoscópio." - Tudo isso foi retirado de<br />
um artigo cético sobre o assunto.<br />
Um dos maiores placebos da história é aquele que diz que a vitamina C evita<br />
resfriados. Quem não toma vitamina C para evitar resfriados? Quem não conhece<br />
alguém que toma? No entanto, tudo indica que qualquer melhora nesse sentido é<br />
causada muito mais por nossa crença na melhora do que por algum fator químico<br />
da própria vitamina C. Então, após todos esses anos, será que ninguém parou<br />
para se perguntar: "Então se a vitamina C não trata a gripe comum, o que diabos<br />
trata?"<br />
Não sabemos exatamente como o fenômeno funciona, mas temos quase certeza<br />
que seu mecanismo passa pela mente. Nesse sentido, se faz necessário voltar os<br />
olhos para a milenar medicina oriental, e sua defesa de que praticamente toda<br />
doença tem origem na mente, ou no espírito, sendo o efeito físico apenas o<br />
estágio final de um processo que conhecemos muito pouco na chamada "medicina<br />
moderna". E não seria extremamente desconcertante descobrirmos que, talvez no<br />
final, a medicina altamente tecnológica esteja apenas queimando dinheiro em<br />
tratamentos avançados para doenças que poderiam ser evitadas de formas um<br />
tanto mais simples, humanas, econômicas? Ora, era Hipócrates quem dizia que<br />
são nossas próprias forças quem curam nossas doenças, o tratamento visa<br />
principalmente, estimular nosso ânimo para a melhora... Ou, em outras palavras,<br />
"mente sã, corpo são".<br />
A acupuntura, por exemplo, é amplamente utilizada na veterinária. Porque<br />
ninguém questiona a acupuntura veterinária, mas questiona a acupuntura em<br />
humanos? O princípio do tratamento não é o mesmo? - Obviamente que a<br />
medicina-alternativa não serve para todo tratamento, e nem deve ser utilizada em<br />
substituição a convencional, mas em sua complementação. Na saúde pública<br />
brasileira, por exemplo, há relatos de experiências de substituição de analgésicos<br />
(para a dor) por seções de acupuntura, com enorme sucesso: os analgésicos<br />
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