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2012: Nova data marcada<br />

05.05.09<br />

Os céticos sempre reclamam que as revelações do fim dos tempos nunca<br />

estabelecem uma data marcada. Já outros defendem que o fato de várias<br />

civilizações no mundo terem apresentado narrações apocalípticas sugere que<br />

estas têm uma origem comum e ancestral (supostamente revelada ao homem por<br />

um ser dotado de inteligência superior, entre outras teorias) que foi sendo<br />

deturpada pela transmissão oral. Esta visão assume, por vezes, um caráter<br />

ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o<br />

homem civilizado tem para destruir o mundo.<br />

A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição<br />

judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia<br />

do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou<br />

menos explícita. O Apocalipse de João, último livro da Bíblia, apresenta a previsão<br />

para o fim dos tempos, numa forma de escrita que ironicamente lembra em muito<br />

a mitologia pagã. A maior parte do livro é escrita em linguagem simbólica, e, por<br />

isso, dá margem a diversas interpretações pelos diversos segmentos cristãos.<br />

Em 130 d.C. Justino, o Mártir acreditava que Deus estaria a atrasar o fim do<br />

mundo porque desejava que o Cristianismo se tornasse uma religião mundial. Por<br />

volta do Século III a maioria dos professos cristãos acreditava que o fim dos<br />

tempos ocorreria depois de suas mortes. Em 250 d.C. Cipriano, Bispo de Cartago,<br />

escreveu que os pecados dos cristãos eram um prelúdio e prova de que o fim dos<br />

tempos estava próximo. Alguns, recorrendo às Tradições Judaicas, fixaram o fim<br />

das eras na Sexta Idade do Mundo. Usando este sistema, o fim foi anunciado para<br />

202 d.C. mas, quando esta data passou, foi fixada uma nova data. Na época de<br />

Clóvis I, considerado o fundador da França e que se converteu ao catolicismo<br />

após ser entronizado como rei em 481 d.C., alguns escritores católicos haviam<br />

apresentado a idéia de que o ano 500 d.C marcaria o fim do mundo. Depois de<br />

500 d.C., a importância e a expectativa da vinda do fim do mundo ou das eras<br />

como parte dos fundamentos do Cristianismo foi marginalizada e gradualmente<br />

abandonada. Apesar disso, surgiu um temporário re-avivamento dos temores<br />

relacionados com o fim dos tempos com a aproximação do milésimo ano do<br />

nascimento de Cristo. Muitos acreditavam na iminência do fim do mundo ao se<br />

aproximar o ano 1000... Pode-se perceber aqui um padrão. De fato, há relatos de<br />

comoção popular ante a iminência do fim dos tempos em praticamente todo final<br />

de século desde a época de Jesus. Mais recentemente, a última promessa que<br />

tivemos de um "grande desastre mundial" foi chamada de Bug do milênio, e<br />

apesar de ter sua base em argumentos lógicos, acabou não passando de mais<br />

uma previsão que não se cumpriu (o bug foi praticamente inofensivo).<br />

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