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Da mesma forma, para os espiritualistas, compreender a energia de forma<br />

científica me parece um bom caminho para classificar melhor as diversas teorias<br />

envolvidas, utilizando do ceticismo como ferramenta para julgar quais merecem<br />

maior crédito de estudo, e quais se apresentam absurdas de antemão. Se<br />

ouvirmos falar em "seres de energia", precisaremos nos perguntar então "de onde<br />

vem sua energia"? Toda teoria que diz que a energia gera a si mesma, que é uma<br />

entidade in-criada, ou que existe desde o início do Universo, deve ser analisada e<br />

re-analisada, pois vai no sentido oposto de muito do que temos observado acerca<br />

da Natureza nos últimos séculos...<br />

Não me parece que a consciência, ou alma, ou espírito, seja imaterial. Pelo<br />

contrário, diversas teorias espiritualistas modernas, como o espiritismo, ou<br />

milenares, como o I Ching, afirmam exatamente que a energia vem das coisas em<br />

si, não de fora delas, e que não é a energia que opera a matéria, mas a matéria<br />

que irradia energia... Se essa matéria interage com a luz (fótons), se já foi<br />

detectada em laboratório, se assemelha-se mais a ondas eletromagnéticas do que<br />

a partículas determinadas no espaço, aí sim é uma outra história. Porém, essa<br />

"outra história" passa a não soar tão absurda a luz de um ceticismo responsável,<br />

por mais que possa soar absurda a um materialista convicto.<br />

Como disse Lavousier, "na Natureza nada se cria e nada se perde, apenas se<br />

transforma" - Imaginarmos que "raios de energia espiritual" podem se formar no<br />

Universo, apontados para nós, porque "de alguma forma os invocamos por nossa<br />

fé em Deus", pode até soar confortador e nos ajudar bastante quando estamos<br />

nos sentindo depressivos, porém usarmos desses conceitos metafísicos ao pé da<br />

letra para explicar os sistemas naturais ao nosso redor me parece um extremo<br />

exagero, no mínimo um atentado ao ceticismo.<br />

Por outro lado, continuarmos estudando a consciência humana e outros<br />

fenômenos ainda além das cartilhas científicas, valendo-nos do ceticismo, me<br />

parece, no mínimo, uma promessa de estudo dirigido pela lógica... Até onde a<br />

ciência nos explica a Natureza, saudemos a ciência. Nos limites do horizonte onde<br />

ela ainda não chega, valemo-nos da lógica, do bom senso, e de um ceticismo<br />

como ferramenta de ajuda, e não de cegueira.<br />

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