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Do Ceticismo<br />
Tudo pode ser?<br />
03.01.09<br />
Em seu livro "O mundo assombrado pelos demônios" Carl Sagan nos traz um<br />
conjunto de informações históricas acerca da relação entre mitos, lendas,<br />
credulidade, ceticismo, religião e ciência. Obviamente, Sagan se mostra ardoroso<br />
defensor da ciência e do método cético de análise dos fenômenos da Natureza (o<br />
"kit de detecção de mentiras"). Alguns céticos consideram esse livro, não sem<br />
razão, uma espécie de "bíblia" do ceticismo, enquanto que alguns não-céticos<br />
tecem sobre o mesmo livro alguns comentários, não sem razão, bastante críticos.<br />
Interessante que, me parece, em ambos os casos, as pessoas não tenham<br />
compreendido Sagan da maneira correta. Sagan era um homem deslumbrado<br />
com a Natureza, num sentimento que muitos poderiam confundir por religioso, e<br />
não falava absolutamente sobre o que não havia previamente estudado<br />
extensivamente. Era um profundo conhecedor de religiões, principalmente as<br />
Abraâmicas, e profundo estudioso de relatos de seqüestros por alienígenas que<br />
ficaram tão comuns nos EUA do século XX. Sagan não era agnóstico porque leu<br />
um livro que condenava a crença e a fé num "ser superior", era agnóstico porque<br />
estudou extensivamente as religiões e não encontrou, em nenhuma delas,<br />
evidências suficientes para que ele, e apenas ele, pudesse tirar qualquer<br />
conclusão acerca desse Ser. Sagan não era cético acerca dos relatos de<br />
alienígenas aparecendo pela Terra porque achasse ridícula, de antemão, a<br />
suposição: ele mesmo cita que "gostaria muito de poder analisar um artefato<br />
alienígena, uma evidência física qualquer que tenha sido deixada em um desses<br />
milhares de casos", mas não houve um caso sequer, um artefato que tenha<br />
chegado em suas mãos.<br />
Obviamente que um homem de ciências, profundamente lógico, não pudesse<br />
abraçar nenhuma outra causa que não a materialista, em se tratando de tantas e<br />
tantas fraudes encontradas ao longo da história... E, de fato, é isso o que qualquer<br />
espiritualista com um pingo de ceticismo percebe: que de cada 100 casos<br />
chamados "paranormais" ou "sobrenaturais", pelo menos uns 90, decerto, são<br />
fraudes, e a grande maioria delas, infelizmente, fraudes intencionais.<br />
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